quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Coluna Osni R. Mello 29 Janeiro





"A política é uma guerra sem derramamento de sangue; a guerra uma política com derramamento de sangue" Mao Tse Tung




Tomate: de vedete a alimento de vaca


No ano passado o tomate foi vendido a R$ 100,00 a caixa, apareceu em todos os telejornais como o vilão da inflação, no pescoço da Ana Maria Braga como se joia fosse e deixou muito produtor bem de vida.  Neste ano a fruta – da família da berinjela e do pimentão – não saiu dos R$ 12,00 a caixa e patina para ser comercializado. O prejuízo dos produtores é acelerado pelo calor dos últimos dias, que faz o fruto amadurecer mais rápido, tornando comum a cena que fotografei no final de semana na linha Caixa d`Água. Tomate servido aos montes para o gado no campo.


Punição para corruptores


Entrou em vigor ontem (29) a nova Lei Anticorrupção, que prevê punições mais severas para empresas envolvidas em corrupção. Mais focada no corruptor, a nova lei determina que as empresas devolvam o dinheiro de atos ilícitos, aplica multas e pune até com o fechamento os casos mais graves. A legislação também prevê a responsabilização de funcionários, ao contrário do que ocorre hoje.

O ministro-chefe da Controladoria Geral da União (CGU), Jorge Hage, disse que a legislação não é um “remédio milagroso”, mas deve fazer as empresas coibirem as práticas ilícitas. Para ele a nova lei vai contribuir para a mudança de atitude e mentalidade do empresariado brasileiro. “Algumas empresas já mostraram interesse em se preparar para instaurar mecanismos de integridade e códigos de conduta”.

Para o procurador o próximo passo é a vedação do financiamento empresarial nas eleições. Para ele o adequado é o financiamento público exclusivo ou de pessoa física, com o teto bem baixo de contribuições individuais, evitando que as pessoas fossem canais fraudulentos para doação de grandes empresários. Eliminando também o poder econômico nas eleições, que é a negação do princípio básico da democracia: um homem, um voto.

Na opinião do procurador é impossível comparar o que vale o meu ou o seu voto com o de um grande grupo econômico. “O poder decisivo das empresas doadoras em uma eleição é muito maior que o de qualquer cidadão. E isso acaba prejudicando o funcionamento do regime democrático. Hoje desequilibrado”, observou. Com Carta Capital.  




Desembarque


Leio na coluna do Ricardo Azevedo, no ND Online, que o presidente do PSDB, senador Paulo Bauer, não vai orientar aos integrantes do partido o desembarque do governo. Bauer inclusive se irrita com qualquer especulação do gênero e afirmou: “É a mídia que quer que nós desembarquemos”. Diria que o senador esta errado. Não é a mídia que quer o desembarque. É o bom censo. Como o senador espera fazer uma campanha de oposição, já que ele mesmo afirmou que o governador Raimundo Colombo (PSD) esta com Dilma (Rousseff), fazendo parte deste governo. 




Cobalchini na Itália 


O secretário de Infraestrutura Valdir Cobalchini vai participar de mais uma missão internacional em fevereiro. Cobalchini retorna a Itália, para tratar de termos de cooperação com o Automobile Club d'Italia (ACI), que é uma entidade de direito pública responsável pela pesquisa e desenvolvimento de políticas de mobilidade através do automóvel, nas áreas econômica, social e esportiva. Para se ter uma ideia da importância da entidade na Italia a ACI é responsável pela realização de estudo, análise e pesquisa, até mesmo em nível internacional sobre questões que afetam a mobilidade em geral. Além de desenvolver serviços de segurança, guincho 24 horas, cursos de direção defensiva, promover competições, avaliar a segurança das rodovias entre outros.  




Paraquedistas


A campanha nem começou e a revoada de paraquedistas já iniciou os seus pousos por Caçador. Não faz muito tempo um candidato a senador pelo PCdoB, que agora milita no PSD, foi visto na cidade. Me contaram que o nobre tem pretensões de ser candidato a deputado. Este é mais um daqueles que compra uns cabos eleitorais, arruma uns votinhos na cidade e nunca mais aparece. 




Projetos


Até ontem (29) não havia nenhum projeto na pauta da Câmara de Vereadores de Caçador, que retorna aos trabalhos na segunda-feira (3) com a primeira sessão ordinária. O vereador Moacir D’Agostini (DEM) acredita que esta primeira semana será de trabalhos internos da Casa, como a escolha das novas comissões temáticas e possíveis alterações nos líderes de bancada. Na próxima semana, com as comissões já em funcionamento devem entrar projetos importantes, como a reforma administrativa prometida pelo prefeito Beto Comazzetto (PMDB).



13 milhões de analfabetos


Apesar de apontado diversas vezes como exemplo positivo e ter atingido as metas de “educação primária universal” e “habilidade de jovens e adultos” da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), o Brasil ainda tem 13 milhões de analfabetos. O que faz do Brasil o oitavo país com maior número de analfabetos.  E o grande nó é a qualidade da educação, especialmente em relação ao aprendizado. O aluno está na sala de aula, mas não aprende. É uma exclusão intraescolar que faz 22% dos alunos saírem da escola sem capacidades elementares de leitura e 39% sem conhecimentos básicos de matemática.

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