Os motivos da
Economist
Por Osni R. Mello
A Economist tem razão. Estamos muito mal mesmo. No momento
que o mundo, o mundo não por que alguns estão bem, a Europa e os Estados
Unidos, vivem a sua pior crise, com 20 milhões de desempregados no velho mundo
e outros tantos no EUA, o Brasil registra a mais baixa taxa de desemprego, 5,7%
- na Inglaterra é quase 8%. Mas isso deve ser obra do acaso.
No momento que algumas das
principais economias registram crescimento negativo ou crescimento acompanhado
de um zero na frente e os Estados Unidos suspende o pagamento de 800 mil
funcionários públicos, o Brasil registra um pibinho de 2,5%. Reconheço, é
pouco, mas poderia ser bem pior. Mas isso também deve ser obra do acaso.
Mas deixemos de conversa mole e
vamos aos fatos, concretos. A consultoria ATKearney, que há anos produz um
índice de investimento estrangeiro direto (em inglês, FDI, Foreign Direct
Investment), aponta que o Brasil subiu várias posições nos últimos anos, e hoje
está em terceiro lugar no ranking global, atrás apenas de EUA e China. Enquanto
a Inglaterra, terra da Economist, tem perdido pontos, e ocupa o oitavo lugar.
Na avaliação da consultoria o
Brasil tem 40% de razões positivas e 10% de negativas e aponta como atrativos
os jovens em idade produtiva e o aumento da renda dos trabalhadores. Em 2012, o
investimento estrangeiro direto no Brasil, segundo a empresa, foi de US$ 65,2
bilhões, só um pouquinho abaixo do recorde registrado no ano anterior, de US$
66,7 bilhões.
No mesmo
período, e ai deve estar parte da motivação, a Inglaterra recebeu US$ 62,7
bilhões de investimentos estrangeiros diretos em 2012. Antes disso, em 2008,
recebeu quase US$ 90 bilhões. Mas os investidores não são tão passionais,
seguem a avaliação que a ATKearney faz do Reino Unido, com 24% de razões
positivas, contra 13% negativas.
Mas alguns
preferem acreditar no Papai Noel. Com informações do blog O cafezinho.
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