"O importante não é vencer todos os dias, mas lutar sempre" Anonimo
Dívida do Ipasc e
saúde
A Câmara de Vereadores de Caçador realiza amanhã (18), às
18h15, uma sessão extraordinária para votar dois projetos do executivo. Um
deles autoriza renegociação de dívida da Prefeitura com o Instituto de
Previdência Social dos Servidores Públicos (Ipasc) e o outro altera a lei
complementar 203/2011 que dispõe sobre o plano de cargos e vencimentos dos
servidores municipais.
A renegociação da dívida do
Ipasc, Projeto de Lei nº 002/2013, dispõe sobre o parcelamento de débitos
oriundos de contribuições previdenciárias devidas e não repassadas ao
Regime Próprio de Previdência Social (RPPS). Projeto que vai permitir o
parcelamento de dívidas não pagas ao IPASC no período de jul/2012 a dez/2012,
no valor de aproximadamente R$ 2,4 milhões, em 60 vezes.
A
alteração na lei complementar 203/2011 tem o objetivo de sanar os problemas
criados pela contratação da equipe de médicos para o atendimento no PA,
processo que esta sendo questionado pelo Ministério Público. Para resolver o
problema a prefeitura vai propor que os médicos que atendem no PA recebam
função gratificada, elevando o salário médio para mais de R$ 20 mil mensais. Os
projetos foram aprovados nas comissões especificas.
Canteiro de Obras
Como havia prometido durante a confraternização realizada no
sábado (12) que passou, o secretário Valdir Cobalchini (PMDB) e o governador
Raimundo Colombo (PSD) estão dispostos a transformar Santa Catarina num
canteiro de Obras. Hoje (17) mais uma obra foi lançada, desta vez para pavimentar
a estrada que integra as regiões Sul e Serra Catarinense. A nova SC 370, antiga
SC 439, também é o caminho para umas das maiores belezas naturais de Santa
Catarina: a Serra do Corvo Branco, onde serão pavimentados os 32 quilômetros
que faltam entre Urubici e Grão Pará. Num investimento de R$ 72 milhões.
As 100 maiores
A revista Amanhã, que edita a lista Grandes & Líderes,
com as 500 maiores empresas dos estados do Sul, também realizou um levantamento
com as 100 maiores empresas de Santa Catarina. Lista que tem três empresas
genuinamente caçadorenses. A mais bem posicionada e a Adami S/A. Com um
faturamento de R$ 410,80 milhões de receita bruta ocupa a 26ª. posição em 2011,
a mesma que ocupava em 2010. O curtume Viposa também esta na lista e subindo de
posição. Com uma receita bruta de R$ 293,17 milhões a empresa ocupava a posição
72 em 2010 e em 2011 saltou para posição 51. A outra empresa bem posicionada é
a Primo Tedesco, que com um faturamento de R$ 216,01 milhões ocupa a posição
70. Em 2010 ocupava a 61.
Acordo
Em Lebon Régis um acordo com os partidos que durante a
eleição eram oposição ao prefeito reeleito Padre Labas (PSDB), levou o vereador
do PDT, Joaquim Leonir Prestes, para a presidência da Câmara de Vereadores e o
PMDB para a prefeitura. Com o voto de oito dos vereadores – um em branco - dos
nove possíveis, além de Prestes também foram eleitos para mesa diretora o
professor Mauricio Pinheiro (PR), como vice-presidente, João Carlos Pierdoná (PTB),
primeiro secretário e Djalma Marcos da Rocha (PMDB), segundo secretário. O PMDB
também emplacou a secretária de saúde, que será comandada pela filha do
ex-prefeito Imar Rocha, Nadeje Rocha. Nadeje é cirurgiã dentista e já
trabalhava na prefeitura de Lebon Régis.
Sotepa e Viga em Caçador
As empresas Sotepa,
de Florianópolis e Viga Pavimentações e Obras, de Joaçaba, já estão procurando
locais para instalar seus escritórios e alojamentos. As empresas são as
responsáveis pela construção da Nova Travessia de Caçador, que já teve ordem de
serviço assinada pelo secretário de infraestrutura Valdir Cobalchini e pelo
governador Raimundo Colombo no final do ano passado. A Sotepa na área de
projetos e fiscalização e a Viga na área de construção de rodovias.
TCE determina volta
da SCGás para o Estado
A decisão do conselheiro Salomão Ribas Junior determinando
que o governo do Estado retome o controle acionário da Companhia de Gás de
Santa Catarina (SCGÁS) será anexada à ação popular que pede a anulação do
acordo de acionistas da companhia. É o que confirma o deputado Dirceu Dresch,
líder da bancada do PT na Assembleia Legislativa e autor da ação popular
023.10.024655-1 que tramita na 1ª Vara da Fazenda Pública na Capital desde maio
de 2010.
A decisão do conselheiro Ribas
Junior foi baseada no relatório da auditoria feita pelo Tribunal de Contas de
Santa Catarina. “Essa posição do TCE dá ainda mais robustez às provas que
apresentamos mostrando que há irregularidades gravíssimas na gestão da SCGás,
agravada pela omissão de agentes públicos. A companhia teve seu controle
entregue a grupos privados sem o aval da Assembleia Legislativa”, argumenta
Dresch.
Em abril de 2010, Dresch teve
acesso ao relatório elaborado pela Agência Reguladora de Serviços Públicos de
Santa Catarina (Agesc) o qual mostra que em setembro de 1994 o Conselho de
Administração da SCGás reduziu de 34% para 17% a participação acionária do
governo do Estado na companhia. Do dia para a noite, o Estado perdeu 50% das
ações. A manobra ocorreu à revelia do poder público e sem amparo legal. Com
isso, o Estado deixou de ser o principal acionista da companhia, enquanto a
participação dos outros sócios aumentou.
Dresch entrou com uma ação
popular questionando a manobra e a omissão dos agentes públicos que não tomaram
providências para resguardar os interesses do Estado. A SCGás foi criada
com base na Lei nº 8.999/93 e qualquer alteração da companhia dependeria de
nova lei aprovada pela Assembleia Legislativa.
Além da anulação do acordo de
acionistas que reduziu a participação do Estado na SCGás e a devolução do
controle acionário para o governo estadual, a decisão do Tribunal de Contas,
tomada no dia 20 de dezembro, anula a venda de 1.827.415 ações da SCGás que
estavam em poder do Estado para a Celesc, ocorrida em 2007, no valor de
R$ 93 milhões.
O TCE também determina alteração
do contrato de concessão do serviço de distribuição de gás firmado com a SCGás,
a adequação do estatuto social da empresa e o recálculo tarifário, já que a
auditoria do tribunal verificou que os investimentos feitos são muito
inferiores ao lucro obtido. As irregularidades devem ser sanadas em um prazo de
180 dias.
Desde 2002, quando passou a ter
lucro, até 2010, a companhia distribuiu mais de R$ 230 milhões aos
acionistas. A SCGás está entre as cinco maiores companhias de distribuição
de gás natural do Brasil, com uma rede de distribuição de 800 quilômetros, que
alcança 54 cidades do estado e atende a mais de 100 mil clientes, em sua
maioria empresas. A empresa possui quatro acionistas – a Celesc, que
representa o governo do Estado, a Gaspetro, a Mitsui Gás e a Infragás.
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