quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Coluna Osni R. Mello 14 novembro


"Dizem a verdade aqueles que afirmam que as más companhias conduzem os homens à forca" Maquiavel 


Contraponto Reno

Amigos, mas adversários políticos, Reno Caramori (PP) e Imar Rocha (PMDB) são antagônicos nas posições tomadas e nos discursos proferidos. A última opinião nesta relação de amor e ódio foi dada pelo Deputado Reno Caramori que se disse decepcionado com a citação do prefeito Imar Rocha, em seu discurso de abertura dos Jasc, que o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de Caçador e região é um dos mais baixos do Estado. Para Reno, a citação foi inapropriada para o momento e soou como um menosprezo à capacidade e à dedicação de caçadorenses e outras comunidades da região. “Além do mais, apesar de estar na 155ª posição no IDH, entre os municípios catarinenses, está

melhorando de posição e ainda se encontra à frente de mais de uma centena de municípios catarinenses” argumenta o parlamentar. De acordo com Reno, o prefeito Imar já está sendo conhecido como o “prefeito miserável”, pois onde vai sempre cita Caçador e municípios vizinhos como uma região miserável. “Entretanto, nós que conhecemos a história de luta desse povo sempre tivemos orgulho de citar Caçador e região entre os mais importantes de Santa Catarina e como uma região em desenvolvimento com indústrias fortes e progredindo”, afirmou.


Contraponto Imar

Conversei com o prefeito Imar Rocha ontem (13) a tarde e ele se mostrou surpreso com as afirmações de Reno. Disse que sempre fez questão de exaltar que o povo de Caçador é trabalhador e ninguém melhor do que ele sabe disso, pois desde a morte de seu pai, quando tinha 22 anos, não parou de trabalhar. Também nunca disse que Caçador não é uma cidade de progresso e de industrias modelo para o Estado e que estamos bem melhores que muitos de nossos vizinhos. “Mas eu não posso deixar de lembrar, e cobrar, o que é nosso de direito. A região do Contestado tem os piores IDHs de Santa Catarina e fazer de conta que o problema não existe, não vai resolvê-lo”, afirmou. Para Imar é preciso falar e mais do que isso cobrar dos governos Estadual e Federal políticas que acelerem o processo de desenvolvimento da região, por que se as políticas forem iguais para todos os outros municipios, nossa região será sempre a subdesenvolvida.  



A leitura das urnas

Faltam dois anos para a próxima eleição, em 2014, que vai escolher os novos governadores, deputados estaduais e federais, uma vaga para senador e presidente. É muito cedo para desenhar cenários, mas as eleições municipais sedimentaram algumas situações que antes eram apenas especulações, numa disputa que tem um fortíssimo candidato a reeleição, desde que faça, daqui para frente, um governo melhor do que apresentou até o momento.
                Das situações que se sedimentaram a principal delas é a que o PMDB, com 107 prefeituras conquistadas, é o maior partido e continua dando as cartas. Tendo como seu principal articulador o senador Luiz Henrique da Silveira (LHS), que elegeu seu afilhado Udo Dohler no principal colégio eleitoral do Estado, Joinville. E além disso elegeu prefeitos e vices nas principais cidades:  Lages e Criciúma prefeito, Chapecó e Jaraguá do Sul vice. A que contar também a cidades médias, como Caçador e Curitibanos.
                O PSD por sua vez conquistou a segunda posição, com 53 prefeituras, mas apesar de ter conquistado a prefeitura de Florianópolis, tem que dividir a sua condição com PP, que fez 46 prefeituras e com o PT que por apenas uma prefeitura, fez 45, ocupa a terceira posição. Simplificando. O PSD sozinho não irá a lugar algum. Precisa do PMDB, de quem já é aliado, por que um eventual racha cairia como uma luva para as pretensões do Palácio do Planalto, que quer a aliança do PMDB com o PT.
Tudo indica que o namoro com o PP iniciado antes das eleições não terá o efeito desejado para o PSD. Se o PSDB desembarcar da polialiança, para apoiar a candidatura de Aécio Neves (PSDB) para presidente, troca seis por meia dúzia. Se o PSD também resolver apoiar Aécio é certo o desembarque do PMDB, que não irá contra o vice-presidente Michel Temer (PMDB). PSD e PMDB em lados opostos, com o PT e o Governo Federal apoiando o PMDB, diria que é disputa para corações fortes. Mas a sorte de Raimundo Colombo (PSD) ainda dependerá do seu governo. Se for bem iguala, se for mal...


Recursos

O secretário estadual de infraestrutura, deputado Valdir Cobalchini, está em Brasília para tratar dos encaminhamentos para a assinatura de contrato com o BID. Recursos para a construção, pavimentação e reabilitação de 221 quilômetros de rodovias em todo o estado, que já tem as empresas vencedoras das licitações conhecidas. As assinaturas das ordens de serviço devem ser liberadas em seguida pelo governador Raimundo Colombo.     


Motivado

Conversei com o vereador Darci Ribeiro (PDT), que acabou de participar da eleição como candidato a prefeito na coligação PDT/PR. Darci disse que continua motivado, esperando a próxima eleição. Só não deu detalhes se será a próxima para governador, deputados, senador e presidente ou a próxima para prefeito. Continua motivado.


Cacife

Para muitos a aposta dos escudeiros do governador Raimundo Colombo (PSD), presidente da Alesc Gelson Merísio e do secretário de agricultura João Rodrigues, foi alta demais. Prometeram entregar cinco prefeituras na região e não entregaram nenhuma. E isso pode ter reflexo em algumas disputas pós-eleição, nas regionais por exemplo. A regional de Caçador, que hoje é comandada por Beto Cruz (PMDB), por acordo deveria ser do PSDB de Saulo Sperotto. Como o PSDB está mais para lá, do que para cá, apresentou-se para disputa a candidata a prefeita derrotada, vereadora Sirley Ceccatto (PSD), que espera ter como padrinho Merisio, Rodrigues e Colombo. Mas com o Governador precisando de apoios, não há como abrir mão do companheiro Valdir Cobalchini, que se fortalece a cada eleição.     


Fórum na Alesc

A Escola do Legislativo da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) promove Fórum Sobre Desenvolvimento, Federalismo e Dívidas dos Estados: Centralização do Poder e Dívida dos Estados. O evento será realizado no dia 23 de Novembro, das 9h às 17h30, no Auditório Deputada Antonieta de Barros, na Alesc. O objetivo do evento é promover o debate sobre questões importantes para o desenvolvimento equilibrado da sociedade brasileira, observando as responsabilidades, autonomia e equilíbrio financeiro dos entes federados e Estudar as perspectivas de avanços com Reforma Tributária. As vagas são limitas e o evento é gratuito. Informações e inscrições no site da Escola do Legislativo: www.alesc.sc.gov.br/escola.


Sucessão no PMDB

O líder do PMDB na Alesc, deputado Aldo Schneider, utilizou a tribuna para convocar os filiados do partido para as eleições para o diretório estadual da legenda, que vão ocorrer em 8 de dezembro, nas dependências da Assembleia. Segundo o deputado, dois nomes pleiteiam a presidência: o atual presidente, o vice-governador Eduardo Pinho Moreira, e o deputado federal Mauro Mariani. “Esperamos chegar até o dia 8 com um consenso em torno de um único nome. Nossa bancada, no entanto, apoia a reeleição do vice-governador Pinho Moreira”, destacou.


Superior

O deputado Ismael dos Santos (PSD) anunciou da tribuna a retirada do Projeto de Lei Complementar (PLC) 30/12, de sua autoria, que retirava a obrigatoriedade do curso superior para os interessados em ingressar na Polícia Militar. Ele tomou essa decisão após ouvir a opinião de policiais sobre o projeto e de discuti-lo com a sociedade por meio das redes sociais.

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