Vereador no segundo mandato e ex-presidente da Câmara,
Marcos Creminácio (PT), não será postulante a uma das 13 vagas ao Legislativo
nas eleições municipais deste ano. Ele fez uso da palavra na sessão desta
segunda-feira para anunciar a sua decisão e justificar à comunidade os motivos
que o levaram a esta desistência.
Tecendo críticas à postura da atual vice-prefeita e ex-secretária municipal de Educação, Luciane Pereira, durante pouco mais de um ano de mandato, Creminácio apontou algumas das atitudes que teriam sido tomadas pela companheira de sigla como fator decisivo para que não concorresse neste pleito.
Dois dos principais motivos
elencados foram a falta de consideração com os profissionais da educação, por
parte da ex-secretária, ao não enviar plano de carreira dos professores para
análise e aprovação da Câmara e a exoneração do seu ex-assessor parlamentar
Moacir Oliveira na semana passada a pedido de Luciane.
Professor na rede estadual de
educação já há alguns anos, Marcos lembrou que por muitas vezes cobrou o
ex-prefeito Saulo Sperotto e até mesmo do prefeito Imar Rocha o envio do
plano, explicando que a secretária, mesmo sendo do seu partido, não
quis encaminhar o projeto que, ao assumir a secretaria, já estava praticamente
elaborado.
“Este é um dos motivos que eu não
sou candidato, porque não tenho como olhar para os meus companheiros
professores, alguns já se aposentando, e não ter uma resposta concreta para
dar”, explicou o vereador, salientando ainda que prova de que não concorda com
esta atitude é “sacrificando” o mandato que para muitos estaria bem encaminhado
para nova vitória nas urnas.
“Faço isso para manter o
meu brio e poder olhar nos olhos dos professores e falar que, se eu tinha que
ser castigado de alguma forma, o meu castigo é esse, ficar sem o meu mandato
por quatro anos”, afirmou.
Em relação ao seu ex-assessor,
amigo de longa data e que ocupava um cargo no Executivo, Marcos lembrou que
Moacir foi um dos fundadores do PT e está filiado há mais de 30 anos, tendo
ocupado vários cargos na direção da sigla e atualmente sendo tesoureiro.
Inclusive, Moacir teria votado a favor de Luciane nas prévias deste ano, mas,
apesar disso, foi exonerado a pedido da vice-prefeita.
“Imagine o que ela vai fazer com
os demais companheiros de sigla em quatro anos se ganhar a eleição, não vai
sobrar um; imagine o que ela não vai fazer se ficar mais 4 anos na educação, se
não mandou o plano que estava quase pronto, se não debateu com o prefeito o
cumprimento do piso. Eu não tenho como ir à rua pedir voto pra esta mulher: ela
está no PT, mas não é do PT. Não é trabalhadora, socialista. Quem cassa
companheiros não merece o nosso respeito”, finalizou. (Ascom/Câmara de Vereadores Caçador)
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