sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Coluna Osni R. Mello 7 Novembro



“Cidadão é aquele que assume a sua cidade e sua pátria como sua casa” Dickran Berberian




Primo Tedesco será homenageada na Alesc


Por indicação do deputado Valdir Cobalchini (PMDB) a empresa caçadorense Primo Tedesco S/A recebe, no dia 25 de novembro, em sessão solene  a Comenda do Legislativo Catarinense.  Essa é a maior honraria do parlamento catarinense e é entregue anualmente à pessoas, empresas ou instituições com relevantes serviços prestados ao Estado de Santa Catarina.

“Prestar essa homenagem a Primo Tedesco é reconhecer, através do Legislativo Catarinense, a grande contribuição que essa empresa e que essa família trouxeram ao desenvolvimento econômico de Caçador”, afirma o deputado Cobalchini, acrescentando que assim como outras grandes empresas caçadorenses, a Tedesco é um orgulho não apenas para Caçador, mas também para Santa Catarina.

A empresa Primo Tedesco S.A. começou a ser formada na década de 30, quando Primo Tedesco instalou, em Caçador, uma  fábrica de pasta mecânica, movida por uma pequena turbina instalada no Rio do Peixe. Em 1939 foi constituída a empresa Primo Tedesco.

Desde que chegou a Caçador, Primo Tedesco vislumbrou a necessidade de preservar as reservas florestais da região para suprimento de matéria-prima. A partir da década de 50, ele tornando-se o primeiro reflorestador da região.  

As unidades de negócios da  Primo Tedesco S.A. são constituídas de produção de energia elétrica, reflorestamentos, produção de celulose e papel, produção de embalagens de papelão ondulado e sacos industriais. Além da unidade fabril de Caçador, ainda possui fábrica em Canoas, região metropolitana de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul e escritórios em São Paulo e Porto Alegre. Na foto Julio Tedesco (presidente da Primo Tedesco), com governador Raimundo Colombo, Marcos Tedesco e Valdir Cobalchini.




“Caçador tem que planejar uma nova cidade” 


A afirmação é do engenheiro civil e professor do Departamento de Engenharia da Universidade de Brasília (UnB), Dickran Berberian, que foi um dos palestrantes do Seminário de Arquitetura e Engenharia Civil (SAEC), realizado pela Universidade Alto Vale do Rio do Peixe (UNIARP), no âmbito dos cursos de Arquitetura e Engenharia Civil.

Berberian, que esteve por três dias na cidade, avaliou que o planejamento de um novo centro urbano para Caçador deve ser iniciado agora, sob pena de sofrer sérias consequências no futuro. O engenheiro defende a mesma ideia para a sua cidade natal, Brasília, e aborda o assunto na palestra “Uma nova Brasília para salvar Brasília”.

            Em Brasília Berberian defende que seja construída uma nova cidade, que não pode ser muito próxima da atual para não transformar tudo num grande núcleo metropolitano e ampliar os problemas e que não pode ser dormitório. Tem que ser uma cidade industrial e comercial, deixando para a atual Brasília o papel de cidade administrativa e cultural. Preservando assim as suas características e melhorando a qualidade de vida dos cidadãos que já sofrem com o inchamento.

Para o professor os sintomas deste inchamento são evidentes: árvores removidas, novos viadutos e pontes construídos, avenidas alargadas, o microclima piorou, a drenagem comprometida, entre outros. A próxima consequência é a violência social e a degradação da sociedade, que também já esta presente, porque Brasília foi projetada para 500 mil habitantes, com tolerância de 1,8 poderia chegar a 900 mil, mas hoje tem mais 2,7 milhões. Isso acarreta sérios problemas pois numa cidade planejada tudo é feito em função da população.  

Na visão do professor Berberian a nova Brasília, também planejada, geraria novos empregos e com toda a infraestrutura poderia ser um bom negócio para o poder público, que compraria terreno nu e venderia terreno urbanizado, gerando receitas para implantar os serviços necessários. Os demais empreendimentos seriam entregues para a iniciativa privada, processo que é muito comum no exterior. Alerta porem, que a administração do projeto deve ter fé pública, para não virar um mar de especulação e corrupção.  

Para Berberian esta nova cidade deve estar em volta de um bosque e o planejamento deve prever uma vida longa. “Quando saturar se constrói outra cidade nos mesmos moldes. O que não podemos é continuar reformando a cidade, trocando o espaço das árvores para criar pistas, transformar áreas verdes e de supressão em áreas para empreendimentos e especulação que só servem para corrupção”, avalia.

Argumentou ainda que o debate sobre o assunto deve ser iniciado logo porque encontra muitas resistências, mas com o passar do tempo isso vai sendo vencido, porque as pessoas percebem que não há outro caminho.  O de que é possível incentivar a construção civil, gerando empregos e progresso, sem destruir as cidades.




Faltou dizer


Avaliando tudo que disse o professor Berberian é possível identificar em Caçador, guardadas as proporções, alguns dos problemas levantados em Brasília. As ruas lotadas de automóveis, supressão de áreas verdes e árvores para abrir espaço para veículos, construção de pontes e viadutos, perda da qualidade de vida e aumento da violência. Isso nos leva a crer que o professor Berberian tem razão. Caçador tem que começar a pensar no planejamento de uma nova cidade, sob pena de passar os próximos anos investindo os escassos recursos em obras para resolver os problemas, alguns insolúveis como o trânsito, da cidade já consolidada. Neste contexto seria viável pensar a cidade atual como administrativa, cultural e humanizada e criar uma nova cidade industrial e comercial sem os problemas que enfrentaremos num futuro bem próximo.




Pensata


Dilma, que teve 54 milhões de votos, disse que vai governar para todos. Aécio, que teve 51 milhões, diz que ganhou perdendo e vai defender os ideais deste exército. Mas até o momento ninguém lembrou os que votaram em Dilma e Aécio por falta de opção e dos 37 milhões que votaram em branco, anularam ou simplesmente não votaram.




Energia barata para municípios e estados


O senador Casildo Maldaner (PMDB) apresentou na quarta-feira (5), no plenário do Senado, projeto para incentivar a produção e o uso de energias renováveis por estados e municípios. A proposta beneficia governos e prefeituras que não teriam condições de fazer empréstimos para essa atividade por causa do limite de endividamento autorizado por lei.

Para viabilizar esses investimentos, o senador está propondo que fiquem fora do limite de endividamento os empréstimos para financiar projetos de energia solar, eólica e biomassa, que tenham condições de se pagar no futuro com o dinheiro antes usado para custear a iluminação pública.

Segundo Casildo Maldaner, flexibilizar os limites de endividamento nesses casos não significa relaxamento do controle do endividamento do setor público nem descontrole das contas públicas. Isso porque, pela proposta, estados e municípios deverão provar que podem pagar os empréstimos para poderem se beneficiar dessa flexibilização da Lei de Responsabilidade Fiscal.

Na pratica a ideia é muito simples. Os municípios utilizariam os recursos destinados a custear a iluminação pública, que são pagos pela comunidade, para financiar os projetos. “Proposta que beneficia os municípios que têm condições de gerar a energia eólica ou a solar, mas não têm condições de caixa porque seu endividamento bate no teto”, afirmou Casildo.




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