quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Coluna Osni R. Mello 30 Setembro



“Sou demasiado cético para ser incrédulo” Benjamim Constant



Na Fampesc


O presidente da AMPE de Caçador, Odelir Neves, que hoje ocupa cargo no Conselho Deliberativo da entidade, deve ser um dos integrantes da nova Diretoria Executiva da Federação das Associações de Micro e Pequenas Empresas de Santa Catarina (Fampesc). A eleição para a nova diretoria vai ocorrer em novembro e ainda não existem garantias para a reeleição do atual presidente, Diogo Henrique Otero, por mais dois anos. Odelir revelou no final de semana, durante o 46º Enconampe, que já existem tratativas para a formação de uma nova diretoria e diferente da eleição passada ele vai aceitar o convite para fazer parte.




 

Qual o melhor candidato?


Faltando três dias para a data mais importante da jovem democracia brasileira, o dia das eleições, já é possível fazer uma avaliação dos principais candidatos: Aécio Neves (PSDB), Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB). Avaliação que será baseada nos critérios de: história, experiência, realizações, propostas e desempenho na campanha.

             Respeitando a ordem alfabética iniciamos com Aécio Neves, que é neto do falecido presidente Tancredo Neves, pertence a uma das famílias mais ricas de Minas Gerais e nunca precisou pegar no pesado para viver. Pelo contrario, tem fama de bom vivant. É economista de formação, iniciou como secretário do avo e hoje é senador da república. Como lastro para sua candidatura usa o projeto que implantou quando governador de Minas Gerais: Choque de Gestão. Projeto que a oposição acusa de ser mais marketing que realidade. Na campanha teve uma atuação sofrível e ocupou a segunda posição - até a morte de Eduardo Campos - mais por força da polarização que por méritos. Ainda não apresentou seu plano de governo.

            Dilma Rousseff é de classe média alta, também nunca passou por dificuldades, mas durante a ditadura militar foi torturada e presa por quase três anos. Também economista de formação, Dilma ajudou a fundar o PDT com Leonel Brizola, foi secretária da fazenda de Porto Alegre, secretária estadual de Minas e Energias do RS, ministra de Minas e Energia, secretária da Casa Civil e presidente do Brasil. É acusada de não ter feito nada durante o seu governo, mas manteve os níveis de emprego e salários com distribuição de renda, enquanto Europa e EUA sofrem com recessão e desemprego. Diz que vai manter o que esta dando certo e melhorar o que não esta, mas ainda não apresentou nenhum plano. 

            Marina Silva é a que tem a história mais sofrida. Nascida em uma família pobre de seringueiros no sertão do Acre e mesmo com toda a riqueza da mata, afirmou ter passado fome e necessidade. Alfabetizada aos 16 anos, Marina Silva é formada em História, foi vereadora, deputada estadual, a senadora mais jovem e por dois mandatos, tendo apresentado mais de 100 proposições e 54 projetos. Também ocupou o cargo de ministra do Meio Ambiente no governo Lula, mas acabou saindo acusada de fazer corpo mole na emissão de licenças para projetos importantes para o Brasil. Foi a única que apresentou um projeto de governo, mas o documento teve tantas contradições e desmentidos, que acabou afetando seu desempenho como herdeira do falecido Eduardo Campos e da comoção que a sua morte causou em termos de votos para a candidata.




Apelativo


O uso de qualquer tipo de violência, para qualquer objetivo, é uma das atitudes mais condenáveis da sociedade. O uso da mesma violência e das suas consequências com fins eleitorais então, transforma o seu usuário em algo pior que os bandidos. Entretanto o candidato a governador Paulo Bauer (PSDB) apostou firme na utilização dos ataques a ônibus na capital, para tentar enfraquecer o governador Raimundo Colombo (PSD). Vindo de quem vem não me espanta. O que vai me espantar é se depois disso tudo, passada as eleições, tudo seja esquecido e a tucanada e afins se empoleirem no governo como fizeram nos últimos quatro anos, e nos quatro anos anteriores, e nos anteriores...




Marasmo


Esta eleição esta tão calma que os candidatos estão apreensivos com o resultado dela. O marasmo da eleição fácil para Raimundo Colombo (PSD) vai ser péssima para os candidatos a deputado, que se beneficiam de eleições mais acirradas. Da mesma forma como a falta de combatividade e reação dos adversários: Paulo Bauer (PSDB) e Claudio Vignatti (PT), também deve prejudicar a performance dos candidatos a deputado de suas coligações. Não será surpresa se os partidos dos dois candidatos perderem cadeiras e os partidos que estão com Colombo ganharem.




Ataques e a OAB/SC


A Comissão de Segurança, Criminalidade e Violência da OAB/SC acompanha com preocupação a nova onda de atentados cometidos contra ônibus, bases militares e casas de policiais em mais de um município de Santa Catarina. A entidade confia na competência da força policial catarinense, mas reforça a necessidade de o Estado investir em ações de combate à violência e à criminalidade, tais como o aumento do efetivo policial, ampliação de recursos para aquisição de novos equipamentos para auxílio ao serviço de inteligência e punição rigorosa de qualquer um que facilite a comunicação ilegal do preso, para que a comunidade não fique refém de criminosos.




OAB nega registro para Barbosa


A seção do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Distrito Federal negou o primeiro pedido de registro profissional de advogado para o ex-presidente do STF Joaquim Barbosa (JB). O presidente da seção, Ibaneis Rocha, disse em despacho de uma lauda que JB feriu a ética profissional quando destratou dois advogados, Maurício Corrêa, já falecido, e José Gerardo Grossi, durante seu período como ministro do Supremo. A OAB, em cada uma das ocasiões, realizou atos de desagravo aos profissionais.




OAB nega registro para Barbosa 1


Em junho, durante uma de suas últimas sessões no STF e numa cena que foi transmitida ao vivo pela TV Justiça, Barbosa mandou que seguranças retirassem da corte o advogado Luiz Fernando Pacheco, que defende o ex-presidente do PT José Genoíno. O gesto despertou indignação em diferentes setores da Justiça. Agora, Barbosa terá de recorrer à comissão de seleção da OAB se quiser pertencer à classe que, nitidamente, não o quer. Ele foi comunicado do indeferimento de seu pedido na segunda-feira (29). Barbosa também pode recorrer à Justiça para ter direito ao registro da Ordem. Ele é formado em Direito e antes de ser ministro do STF era procurador da República concursado. O problema é o risco de ser humilhado novamente, com outras recusas.


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