sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Coluna Osni R. Mello 10 Outubro



"O povo, por ele próprio, quer sempre o bem, mas, por ele próprio, nem sempre o conhece" Jean-Jacques Rousseau



Enquanto descansa... 



O deputado estadual mais votado do PMDB Valdir Cobalchini (PMDB) resolveu aplicar na pratica o ditado “Enquanto descansa, carrega pedra”. Tirou uns dias de folga para descansar no sítio da família no interior de Caçador e, enquanto descansa, lidera os trabalhos que precisam ser realizados na propriedade. Na foto um flagrante do deputado na boleia do trator, com o vereador Dominguinhos de ajudante. O deputado revelou que o trabalho na roça é uma terapia e o faz lembrar da sua infância e juventude em São Lourenço do Oeste, onde trabalhou na roça até os 17 anos.   


 

Carta aberta aos ofensores de Melissa Gurgel e do povo nordestino


Por Nathali Macedo


Sou nordestina mesmo. Com direito a sotaque arrastado e tudo. Não tenho cara de cidadã francesa, falo “oxente” todo dia e não me considero nem um pouquinho menor do que esses sulistas metidos a besta que têm depreciado a origem cearense da Miss Brasil recém eleita e o povo nordestino como um todo.

E não é de hoje que me enojam esses episódios de injúria virtual contra o povo de minha terra. Só esperei, roendo as unhas, um momento em que a oportunidade pudesse me presentear com a atenção de vocês, já que, inevitavelmente, todo esse preconceito nojento seria algum dia inescrupulosamente destilado em rede nacional. E o foi, infelizmente.

O sangue nordestino que me corre nas veias – deste povo acolhedor e cheio de amor pra dar – não me deixaria responder a estas ofensas com outras ofensas. Basta-me, entretanto, responder com as maravilhas que o meu povo tem, que só tornam mais cristalina a repugnante ignorância daqueles que depreciam o povo nordestino. Pois bem. Sou o nordeste de Gonzaguinha e de Gonzagão, que nos representam muito mais e muito melhor que as cantoras francesas apreciadas por estes tantos brasileiros desabrasileirados.

O Nordeste de Jorge Amado e Gregório de Matos. Sou o nordeste de Tom Zé, cuja genialidade talvez não se adeque à mediocridade das mentes pequenas dessa gente que diz que não temos nada de valioso. A impressão que tenho é que todo esse ódio irracional de alguns brasileiros contra outros decorre da ideia de que a própria brasilidade, em seu sentido mais íntimo, é motivo de negação.

Quando vejo sulistas – muitos deles moradores de lugares, ao seu ver, com cara de Europa – falando, aos quatro ventos, que “pensava que no Nordeste só havia gente feia”, penso no quanto estas pessoas precisam, urgentemente, se aceitar enquanto povo brasileiro.

Sou o Nordeste de Raul Seixas. É, Raulzito, que prefere ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo. O cara das canções imortais entoadas por um monte de sulistas preconceituosos metidos a besta que falam mal do nordeste nas redes sociais sem sequer desconfiar a honrosa origem de seu ídolo.

Aprender a gostar da própria cultura, das próprias raízes, compreender que o povo nordestino – que tanto julgam feios, pobres, ignorantes e inferiores – são, também, o retrato da brasilidade que tanto lhes diz respeito, embora dificilmente compreendam.

E que nossa cultura, nossa música, nossos artistas conterrâneos e nosso povo têm um valor imenso e invisível aos olhos de brasileiros pseudoeuropeizados e cegos pela ignorância. Por que, lamentavelmente, o Brasil está para o mundo como o Nordeste está para o Brasil: subjugado e inferiorizado, mas que guarda uma riqueza cultural (e de muitas outras ordens) incomensurável.

É como se o povo brasileiro que se coloca neste lugar de superioridade em relação aos nordestinos não enxergasse como o mundo os coloca em um lugar de inferioridade enquanto brasileiros. E o quanto negar isto não vai resolver nada. E se não compreendem isto, e tampouco se aceitam como povo brasileiro, que parem de destilar isto nas redes sociais como se fosse natural.

Que guardem para si o intragável sentimento de superioridade até que ele dê conta de enforcá-los. Por que o preconceito tem muitas faces, todas elas abomináveis. E, principalmente, por que quem não se aceita, uma hora precisa se engolir a seco.

E para todo aquele que, de alguma forma, já sentiu-se preconceituoso em relação a qualquer canto do Brasil – ainda que, por vergonha ou covardia, não o tenha demonstrado, meu recado é apenas um, com o sotaque baiano do qual não abro mão: assumam o samba, assumam o sangue negro, assumam essa brasilidade, por vezes, tão nordestina. Publicado originalmente no DCM.




Reno no PSD


Fontes extraoficiais garantem que o deputado Reno Caramori (PP) já entregou a carta de desfiliação para o seu partido e nos próximos dias/meses deve se filiar no PSD. Reno, que iria para a sua sétima legislatura, acabou desistindo de concorrer ao pleito de 2014 no meio da campanha e foi substituído por Alexandre Braggio (PP). Acontece que no final da campanha Reno pediu votos para os deputados Gelson Merísio (PSD) e João Rodrigues (PSD). Antes disso Reno já havia dado pistas de que estava prestes a deixar o partido. Na formação da aliança para a disputa da majoritária, Reno foi um dos maiores defensores do projeto e sofreu até um desgaste por isso. No dia que desistiu de concorrer e fez o anuncio para imprensa, Reno também afirmou que não pediria votos contra Colombo. Mais motivos para a mudança, somente o deputado pode dar.




Crack avança


Temos dado pouca importância para o efeito das drogas, que segundo uma pesquisa esta em 95% dos lares brasileiros. E não esta diferente em Caçador. No início desta semana a Delegacia de Investigações Criminais (DIC) prendeu três traficantes e todos eles estavam traficando crack. Um alerta para a sociedade, que tem tratado com muita condescendência a situação e para os pais, para que fiquem de olho nos filhos. 




Números do PMDB


O PMDB nacional elegeu cinco senadores, sendo que Dário Berger obteve o terceiro melhor desempenho. Foram 66 deputados federais eleitos, sendo cinco de Santa Catarina, e 142 estaduais, sendo 10 catarinenses. Ao todo, o partido elegeu quatro governadores e quatro vice-governadores.  Oito candidatos a governador concorrem no segundo turno.




Vamos guardar bem estes nomes


Esta nota devia ser recortada e colada em um lugar bem visível da sua casa caro leitor e eleitor. É a lista dos deputados que se elegeram para Assembleia Legislativa e deve ser vista para que os nomes não caiam no esquecimento e por consequência a responsabilidade que assumiram com o município. O primeiro nome da lista é do deputado Valdir Cobalchini, agora o único representante de Caçador. Como a lista é extensa vamos relacionar os que obtiveram aos maiores votações e por consequência assumem maiores responsabilidades.


Valdir Cobalchini         16.581 votos

Narciso Parisotto             975 votos

Marcos Vieira                   926 votos

Ismael dos Santos            511 votos

Romildo Titon                  426 votos

Natalino Lazare               379 votos

Luciane Carminatti         356 votos

Gelson Merísio                 322 votos

Dirceu Dresh                    301 votos

Gean Loureiro                 242 votos

Rodrigo Minotto              234 votos

Padre Pedro                     213 votos

Milton Hobus                   212 votos

Maurício Eskudlark        210 votos




Pensata


Se o povo nordestino é desinformado, como prega o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, quem elegeu o Tiririca, do PR de São Paulo, com a segunda maior votação do Brasil é o que.




Recuo estratégico


Impressão minha ou Marina Silva (PSB) fez um recuo estratégico no dado como certo, pelo menos para o grupo de Aécio Neves (PSDB), apoio para o segundo turno. Pelo que entendi o grupo resolveu preservar Marina e liberar os demais partidos, inclusive o seu, que na sua maioria decidiram apoiar o candidato do PSDB. A estratégia, que ainda pode ser alterada, nos revela um pouco desta nova política, que exclui o povo das decisões e tenta passar um ar de neutralidade. No fundo o grupo de Marina gostaria de declarar apoio para Aécio, mas tem medo da repercussão para o seu projeto pessoal. Ela sabe que quem se apresentou como o novo não pode se aliar com o velho, sem correr riscos.       

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