"Os
homens são como as ondas, quando uma geração floresce, a outra declina" Homero
O design essencial de Rosenbaum
Se me perguntassem
o que é design antes de assistir a palestra de Marcelo Rosenbaum, sexta-feira
(7) no Auditório da UNIARP, no último dia do Seminário de Arquitetura e
Engenharia Civil (SAEC), certamente diria que é forma das coisas. Depois da
aula de civilidade, brasilidade, visão de mundo e design de Rosenbaum, ouso
afirmar que design é uma filosofia de vida.
Senão, como explicar os motivos que
levaram o designer paulista Marcelo Rosenbaum e o grupo A Gente Transforma
(AGT) a se embrenhar no sertão de Jaicós (Piauí), na esquecida Várzea Queimada,
para descobrir e trazer para o mundo civilizado um pouco da cultura desta
comunidade que não possui luz elétrica, água encanada, telefone ou internet.
Mas está repleta de mestres em matéria de união, sabedoria e respeito pelo
próximo e pela terra.
União que produziu a Coleção Toca, composta por trabalhos de
artesãos locais em palha de carnaúba e borracha reciclada, lançada na Semana de
Design de Milão, a mais importante do mundo. “Várzea Queimada, de 900
habitantes, está situada em uma região que tem oito meses de seca e os menores
IDHs do Brasil. Mas o que falta para aquele povo não é qualidade de vida, isso
eles tem de monte, o que falta são oportunidades. E quando surge uma
oportunidade pode ter certeza que eles se unem em torno dela”, argumentou
Rosenbaum.
Para o designer mais que se ocupar com a forma, o design, que
no inglês significa desígnio, é a forma de fazer. “O design vira uma desculpa,
pois o mais importante é a forma de fazer. A inovação está na forma como o ser
humano é incluído neste processo de fazer e o que ele representa para os
envolvidos”, observou Rosenbaum, afirmando que o objetivo do Projeto AGT é
redescobrir o Brasil através do design.
Nesta busca, Rosenbaum já levou o AGT para o Piauí, para o Parque
Santo Antônio em São Paulo e para o sertão do Acre, onde desenvolve um trabalho
com comunidade indígena Yawanawá. Uma busca pelo Design Útil, onde o design
é catalizador de mudanças para o redesenho de um novo mundo. Tem a beleza como
o maior agente de mudança, em seu significado integral e a favor de todos.
Desenvolve a consciência da função social do design. É colaborativo e
interdependente.
Faltou dizer
Se o mundo,
se o Brasil, tivesse mais cidadãos como Marcelo Rosenbaum, não estaríamos
debatendo se os militares devem ou não voltar. Se o Brasil deve ser dividido em
dois. Se juízes tem direito a auxilio moradia. Se a corrupção é um problema do
outro ou meu. Se o bolsa família é necessário ou não. Se houvessem mais
rosenbaums, estaríamos todos sintonizados, parafraseando John Kennedy, no que
cada um pode oferecer para a sua pátria, não no que a pátria pode oferecer para
cada um de nós. Desnecessário dizer que a cada comunidade que se integra ao
projeto Rosenbaum fica um pouco mais rico e famoso, mas não vai levar nada
disso. O importante é a riqueza compartilhada, o que cada um deixou para as
futuras gerações.
UFFS
O deputado
Padre Pedro Baldissera (PT) informou que já foi definido o grupo que
trabalhará no processo de implantação do campus da UFFS em São Miguel do Oeste.
O parlamentar revelou que tanto o Movimento Pró UFFS no Extremo Oeste, quanto
os três professores indicados pela reitoria para construir a expansão, aguardam
apenas a portaria de nomeação para iniciar os trabalhos. “Já existe um grupo de
professores, especialistas e de representantes do Movimento Pró UFFS que
trabalhará em comissão no processo de constituição, e a decisão pela
implantação já foi apontada. Além disso, os estudos do Movimento Pró Campus da
UFFS no Extremo Oeste já avançam significativamente no trabalho”, afirmou o
parlamentar.
Mídia regional
Se conseguir
aprovar o Projeto de Lei em tramitação na Assembleia Legislativa de Santa
Catarina (Alesc), a deputada Ângela Albino (PCdoB) deve cair nas graças da
mídia do interior. A deputada apresentou uma proposta que institui uma Política
Estadual de Incentivo às Mídias Regionais, Livres e Comunitárias que autoriza o
Estado destinar percentual não inferior a 20% da receita anual de publicidade,
prevista no Orçamento para a divulgação de obras, anúncios, editais, programas,
serviços e campanhas em geral, às mídias regionais, livres e comunitárias. “Apoiar
estas mídias devido ao seu alcance é de importância fundamental para pequenas
comunidades, bairros, pequenos e médios municípios”. Enquadram-se na proposta
periódicos, jornais e revistas impressas, com tiragem entre dois mil e 20 mil
exemplares, editados sob responsabilidade de empresário individual, micro e
pequenas empresas e veículos de radiodifusão local e comunitária, devidamente
habilitados em conformidade com a legislação brasileira.
Custo dos votos
A divulgação
das contas de campanha dos candidatos da eleição de outubro revelaram alguns
dados curiosos. O governador Raimundo Colombo (PSD) foi o que mais gastou para
se reeleger: R$ 12.686.824,52 e cada um dos 1,76 milhão de votos conquistados custou
R$ 7,19. Paulo Bauer (PSDB) gastou R$ 6.762.794,33 e pagou R$ 6,59 para
conquistar cada um dos 1,02 milhão de votos. Claudio Vignatti foi o que menos
gastou: R$ 1.72.029,25 e cada um dos seus 534,1 mil votos custou R$ 3,23.
Custo dos votos 1
Para o
senado chamou a atenção o custo dos votos entre os dois melhores posicionados.
Enquanto Dário Berger (PMDB) gastou R$ 2.035.723,85 para conquistar 1,3 milhão
de votos, ao custo de R$ 1,56 cada. O candidato que não se elegeu Paulinho
Bornhausen (PSB) gastou R$ 6.191.304,72 para conquistar cada um dos 1,1 milhão
de votos, com um custo de R$ 5,28. Deve ser ruim o cara torrar seis milhões e não
se eleger. E o que é pior, ainda ficar devendo cerca de R$ 650 mil.
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