"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à
exceção de todas as outras que foram experimentadas" Winston
Churchill
Seminário de
Arquitetura e Engenharia Civil
Ao longo desta semana apresentaremos com detalhes os
palestrantes do Seminário de Arquitetura e Engenharia Civil (Saec), que será
realizado pelos cursos de Arquitetura e Engenharia Civil da Universidade Alto
Vale do Rio do Peixe (Uniarp). O evento inicia no dia 3 de novembro com Minicurso
de Fundações, com engenheiro Dickran Berberian, das 19h às 22 horas. Berberiam
que é engenheiro
Geotécnico e Patologista de Fundações e Estruturas, Pós graduado pela
COPPE/UFRJ, especialista em Geotecnia e Reforço de Estruturas, tendo atuado
em consultoria, projeto e execução em
cerca de 8 mil obras. Também é professor das disciplinas de Fundações e
Mecânica dos Solos, Sondagens e Ensaios in Situ, na Universidade de Brasília (UnB)
e na Faculdade IESPLAN. Autor dos livros “Engenharia de Fundações” e “Patologia
de Edificações” e de outros dois livros publicados pela COPPE, um deles o primeiro
livro sobre Sondagens editado no país. Ingressos para o evento a venda no:
www.uniarp.edu.br.
Belágua, Miami e a
democracia da desigualdade
Nada retrata melhor a eleição de 2014 para escolha do
presidente da República do Estados Unidos do Brasil que os resultados das urnas
em Belágua, município do desigual estado do Maranhão, e da sessão eleitoral que
funcionou em Miami (FL), nos Estados Unidos.
Em Belágua Dilma Rousseff (PT)
venceu com a maior diferença, com 93,93% dos votos válidos, contra 6,07% de
Aécio Neves (PSDB). Aécio recebeu 3.558 votos e Dilma 230. O município
maranhense tem uma das piores rendas per capita do Brasil e de acordo com dados
do IBGE as pessoas vivem com R$ 146 mensais. Perdendo apenas para Marajá do
Sena e Cachoeira Grande, onde vivem com menos.
A maior vitória de Aécio ocorreu
em Miami, cidade litorânea do estado americano da Flórida, onde ele teve 91,79%
dos votos válidos (7.225 votos), contra 8,21% (646 votos) de Dilma. Miami que dispensa
apresentações e há muito tempo se tornou o destino preferido da classe A
brasileira. Onde até o ex-ministro do STF Joaquim Barbosa tem um apartamento.
É claro que na vida, e na política nem se fala, nada é tão simples assim.
Mas deixado de lado às nuances que levaram a estes resultados em particular e
ao resultado geral da eleição, é possível fazer uma análise do porque de mais
uma vitória do Partido dos Trabalhadores nestes extratos.
Dilma venceu em Belágua por que as
políticas sociais implantadas pelo PT há quase doze anos incluíram os excluídos
e, de alguma forma, melhoraram a vida destas pessoas. E não venham com esta
conversa mole de “Bolsa Esmola”, pois o governo federal também subsidia:
empresários, via BNDES; a agricultura, via Pronaf; a indústria, via Finame e
redução de alíquotas, entre outros, e eles votaram maciçamente em Aécio
Aécio venceu em Miami porque a
maioria dos ricos brasileiros e gente com recursos de procedência duvidosa
escolhem o lugar para passar a temporada e até morar. De acordo com reportagem
da Veja os brasileiros são ávidos consumidores de imóveis a partir de 500 000
dólares. Estimativa da imobiliária Piquet Realty diz que 13% de todas as vendas
na região de Miami em 2013 foram para brasileiros.
Outras estatísticas falam em 20%,
mas o número pode ser ainda maior, pois boa parte das casas e dos apartamentos
é comprada em nome de empresas - que nos Estados Unidos pagam menos impostos -
tornando impossível determinar a nacionalidade dos clientes.
Antes que perguntem os
brasileiros que moram e Miami e votaram em Aécio não são os mesmos que saem em
busca de uma oportunidade. São empresários, investidores e especuladores que
continuam faturando no Brasil, mas preferem as praias do norte. Reclamam, de
acordo com a Veja, da falta de segurança e da sujeira das praias do Brasil.
Insegurança e falta de educação
que é gerada por este abismo entre a maioria dos moradores de Belágua que vivem
com R$ 146,00 por dia e dos “brasileiros de Miami” que investem R$ 1,2 milhão num
apartamento.
Datafolha acerta na
tampa
Muito criticadas no primeiro turno, por não terem conseguido
captar a rápida ascensão de Aécio Neves (PSDB) sobre Marina Silva (PSB),
algumas pesquisas se redimiram agora no segundo turno. Digo algumas, porque as
pesquisas CNT/MDA e Sensus, sob o pretexto de empate técnico, inverteram
claramente o resultado. A Sensus - que não por acaso pertence a Clesio Andrade,
vice de Aécio em 2003, um dos envolvidos no mensalao do PSDB e ex-presidente da
CNT - apontou Aécio 4,2% a frente de Dilma (ver quadro). Mas o resultado deu
quase isso, só que ao contrário. Neste emaranhado de pesquisas levou a melhor o
Datafolha, que se consagrou como a pesquisa que mais se aproximou do resultado
das urnas. A última pesquisa do instituto paulista antes do segundo turno, dava
48% para Aécio que teve 48,36% e 52% para Dilma, que teve 51,64%, faltando
apenas 0,36 para acertar “na tampa”, como gosta o caboclo. Lembrando que estes
números são das pesquisas e sexta-feira (24), dia em que todos os institutos
publicaram sondagens.
Pinho Moreira comenta
vitória de Dilma e Temer
Presidente estadual do PMDB/SC e vice-governador, Eduardo
Pinho Moreira, comentou, logo após o resultado da eleição presidencial, a
reeleição da presidenta Dilma Rousseff e do vice-presidente Michel Temer.
Moreira destacou a parceira do governo federal com Santa Catarina e a
proximidade do Estado com ela, o que deverá ser mantido no segundo governo. “A
vitória de Dilma e Michel é favorável para Santa Catarina uma vez que permitirá
a continuidade de processos e ações importantes iniciadas no seu primeiro governo.
Ao mesmo tempo é importante que o Brasil reflita o resultado desta eleição, uma
vez que é clara a necessidade de mudanças”, disse.
Reforma eleitoral
O vice governador Eduardo Moreira (PMDB) enfatizou a
importância da efetivação da reforma política, apontando como principais
necessidades: o fim do financiamento das campanhas com recursos de empresas; a
reformulação da propaganda política, sem recursos de marketing e publicidade; o
fim da reeleição e mandatos de cinco anos; fim de eleições a cada dois anos;
fim das coligações proporcionais; acabar com a dependência entre os poderes
executivos e legislativos; entre outras.
Mudanças no Governo
Outro assunto comentado pelo vice-governador Eduardo Pinho
Moreira (PMDB) foi que finalizado o processo eleitoral, deverá reunir-se com o
governador Raimundo Colombo (PSD) e com a executiva do partido, nos próximos
dias, para discutir as mudanças na estrutura de governo e dar os
encaminhamentos de composições para o próximo governo. Processo que será
estendido até o final deste ano. Pinho voltou a destacar os números da sigla,
que mais uma vez foi destaque no Estado e em nível nacional. “O PMDB teve o
melhor desempenho eleitoral em Santa Catarina, elegendo as maiores bancadas de
deputados, o senador Dário Berger e o vice-governador”, apontou.
Pensata
O Aécio perdeu na sua
terra natal Minas Gerais e no Rio de Janeiro, onde mora desde os 17 anos. Mas a
culpa de sua derrota é dos coitados dos nordestinos.
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