"A consciência é a última e
mais tardia evolução da vida orgânica e, por conseguinte, o que nela existe de
menos acabado e de mais frágil" Friedrich Nietzsche
ENTREVISTA
Dário Berger: “Quero ser um Senador das pessoas”
A candidatura a Senador da República,
engajada a coligação que busca a reeleição do governador, Raimundo Colombo
(PSD) e o vice, Eduardo Pinho Moreira (PMDB), é só mais um desafio para Dário
Elias Berger (PMDB). De família humilde, trocou a pobreza da vida que levava em
Bom Retiro para aventurar-se na região Metropolitana da Capital. De vereador de
São José a prefeito num passo. Reeleito com a maior média proporcional de votos
de um prefeito no Brasil, conquistando 84% dos votos. Atravessou a ponte e
candidatou-se prefeito de Florianópolis. Venceu e reelegeu-se, superando a
dinastia dos Amin. Agora, a disputa é para o Senado. Se eleito, pretende ter o
foco nas pessoas, no cidadão. “As obras são importantes, mas as pessoas são
mais importantes”, resume.
Por Adriano Ribeiro
1 - Qual o principal motivo que fez o senhor concorrer ao Senado
Federal?
A vida da gente é feita de momentos.
Tem momentos de muita agitação e disputa, mas tem momentos também de calmaria.
Esse foi um momento de tomada de decisão, no meu caso político-partidário, que
resultou pela indicação do meu nome. Isso me deixou satisfeito e feliz, uma vez
que estou representando o PMDB, na chapa encabeçada pelo governador Raimundo
Colombo. Isso proporcionou uma união importantíssima do PMDB que partiu unido
para esse desafio. A minha vida política sempre foi feita de grandes desafios.
Foi uma batalha atrás da outra. Nada para mim foi fácil. As coisas sempre foram
difíceis. Mas, com muito esforço e trabalho, fui vencendo etapa por etapa,
avançando degrau por degrau e acabei construindo uma história que hoje me
proporciona a possibilidade de conquistar uma vaga para o Senado Federal, com
pessoas importantes como Luiz Henrique, Casildo Maldaner, Eduardo Moreira e
Raimundo Colombo, entre outros.
2 - O que os catarinenses podem esperar do senhor como Senador da
República?
Podem esperar um Dário igual ao que
sempre fui. Uma pessoa determinada, corajosa, com o espírito de ajudar, de
melhorar, de vencer barreiras e obstáculos e construir uma vida melhor para os
nossos semelhantes e futuras gerações.
3 - PSD e PMDB disputaram as prefeituras em vários municípios.
Como está esta interação política agora com vistas ao Governo do Estado?
Está andando bem. A grande maioria
dos municípios já absorveu essa integração. Nos municípios onde houve disputa
mais acirrada, as coisas ainda estão em andamento. O governador tem feito um
esforço importante em busca do entendimento. Tenho certeza que mais dias, menos
dias, essa integração acontece 100% no Estado inteiro. Até porque, o PMDB está
votando integralmente, sem nenhuma restrição, no Raimundo Colombo. Então, seria
muito justo e razoável, que o PSD, retribuísse, votando no candidato do PMDB ao
Senado, que no caso sou eu.
4 - A população do litoral já conhece tua carreira, como prefeito
de São José e Florianópolis, duas vezes. Essa tua experiência do Executivo
Municipal é uma vantagem na disputa?
Carrego comigo um currículo de vencedor.
Uma pessoa que começou de baixo, de família humilde e batalhou, enfrentando os
problemas de frente. Tive privilégio de ser vereador, presidente da Câmara e
foi eleito prefeito de São José. Fui reeleito com a maior votação proporcional
do Brasil, com 84% dos votos. Essa boa administração me possibilitou atravessar
a ponte e disputar uma eleição em Florianópolis. Caso inédito no Brasil. Nenhum
candidato saiu de um município, foi pra Capital e se elegeu prefeito. Enquanto
todo mundo pensava que não venceria, venci e fui reeleito. Com isso adquiri
muita experiência municipalista. É no município que as pessoas vivem. São os
prefeitos as grandes locomotivas dos serviços públicos nas cidades. É deles que
a população cobra a qualidade no atendimento. Precisamos olhar com atenção
diferente para um pacto federativo para que as prefeituras possam arcar com
suas responsabilidades e oferecer serviço publico melhor.
5 - Além desse foco municipalista, quais serão suas bandeiras como
senador?
Um senador tem que pensar também nos
problemas cruciais que o Brasil enfrenta. Qual o maior problema hoje. Acho que
a carga tributária é um dos grandes problemas; para mim como pessoa física,
para os empresários, para todos. Trabalhamos quase metade do ano para o
governo. A carga tributária está chegando a quase 40%, é um absurdo. E, a
contrapartida desses recursos, não tem deixado a população satisfeita. Primeiro
ponto: não me falem em aumentar imposto. Estou fora. Meu negócio é reduzir
imposto. Isso ajuda as empresas a terem mais competitividade, gerar mais
empregos. Precisa uma reforma fiscal. Hoje, o empresário tem o departamento
jurídico maior que o departamento contábil. Temos que desburocratizar,
simplificar a tributação. A outra questão está ligada ao Pacto Federativo, que
vou me associar ao senador Luiz Henrique. Esse País não pode continuar
imperialista. Quase 70% do que é produzido nas cidades vai para a União;
somente ficando nos municípios 13% e o restante no Estado. Está errado. Está
provocando a falência dos municípios.
6 - Qual será sua postura como Senador?
Serei o Dário de sempre. Não vou
mudar porque agora vou ser senador. Pelo contrário, se tiver que brigar com
gente grande, vou brigar. Aliás, a minha vida foi sempre brigar com gente grande.
E venci, porque me dediquei, porque me empenhei, porque consegui realizar.
7 - Um senador não tem papel de executar diretamente obras. Como o
senhor vai se adaptar a função?
Quero ser um Senador das pessoas. Não
me adianta discutir, por exemplo, um contrato internacional. Claro que vai
fazer parte do meu dia a dia e vou me preparar para isso. Mas serei um cara
preocupado com o desenvolvimento das pessoas em suas regiões. Se você não
trabalhar para as pessoas, que sentido vai fazer de um mandato de senador. As
obras são importantes, mas as pessoas são mais importantes.
Linha Cachoeirinha
não é aterro industrial
Tem umas coisas que são meio incompreensíveis em Caçador.
Uma delas é a falta de consciência da comunidade na utilização e a falta de
critério dos responsáveis para instalação e funcionamento de simples lixeira
situada na Linha Cachoeirinha. Lixeira que na semana passada foi removida pela
Fundação Municipal de Meio Ambiente de Caçador (Fundema), depois que esta foi
tema de reportagem do Extra. Lembrando que a lixeira já esteve situada na
rodovia, próximo à entrada da Linha Cachoeirinha, e foi removida pelo mesmo
motivo.
Neste
problema esta faltando consciência em ambos os lados. Tanto de quem utiliza,
que acaba depositando no local resíduos industriais. Como de quem é
responsável, que não consegue determinar e fiscalizar a correta utilização da
lixeira. Antes de mais nada cabe ressaltar que o lixeiro que estava no local
servia a comunidade e tinha a função de recolher lixo reciclável, pois quem
mora no interior tem espaço suficiente para depositar o lixo orgânico no seu
quintal.
Mas o que acontece neste e em
outros locais é que moradores, e empresários que não querem arcar com o custo
para destinação correta, estão utilizando os lixeiros e as beiras de estrada
como depósito de resíduos industriais. Na semana passada um morador denunciou
que o veículo de uma oficina mecânica estava no local depositando resíduos. No
domingo passei pelo local e tinha uma lava roupas no lixo, mas já presenciei
pessoas depositando de telhas para cima.
Não quero
ensinar o trabalho de ninguém, mas teria o maior prazer de noticiar o flagrante
destes usuários que querem se safar do custo para destinação dos “seus”
resíduos industriais e acabam emporcalhando a casa dos outros. Não existe a
menor necessidade disso, basta aprender a reciclar e dar a destinação correta
para os resíduos. A comunidade da Linha Cachoeirinha agradece.
Lançamento
Não
foi definida a data exata, mas o lançamento da candidatura do deputado estadual
Valdir Cobalchini (PMDB) deve ser realizada no dia 15 ou 16 de agosto em Caçador.
Visita
O
Núcleo Jovem Alcateia Empreendedora da Acic de Caçador realiza hoje (5) visita
na empresa Viposa.
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