"A verdadeira lei do progresso moral é a caridade" Camilo Castelo Branco
O carnaval de Caçador
morreu?
Estimulado pelo meu amigo Rodrigo Carvalho e pelo espírito de
carnaval, fui dar uma revirada no meu baú e encontrei este desenho - da minha
lavra - que deu origem ao mascote e ao primeiro uniforme do bloco carnavalesco “Os
Praianos”. Lembrei como era popular, democrático e alegre o carnaval de
Caçador.
Como um dos fundadores dos
Praianos - bloco criado em 1997 e que chegou a ter mais de mil integrantes -
acompanhei de perto a trajetória meteórica do Carnaval de Caçador. Junto com a
galera do Corpo Esgualepado, Cavernoso, Cacharia, Vô Num Vô e Alambike,
acompanhei o nascimento, e o declínio, de um movimento que tinha tudo para se
transformar num dos melhores carnavais do Estado.
No inicio a folia, como todo bom
carnaval de blocos, rolava na Avenida Barão do Rio Branco - vulgo bobódromo. Até
que um morador - que até já foi embora de Caçador – encabeçou um abaixo
assinado e isolou a galera no Parque das Araucárias. Acontece que lá também
cresceu o olho de alguns empresários da noite e sem ter estrutura para suportar
os mais de 3 mil foliões, o carnaval dos blocos foi definhando.
É importante dizer que o prefeito
Saulo Sperotto (PSDB), em 2010, tentou reanimar a festa realizando o carnaval
na Beira Rio. O tiro de misericórdia veio na forma de uma liminar da justiça, provocada
pelo Ministério Publico, que impediu a realização do carnaval de rua. Dizem as
más línguas que a promotora da época era evangélica e não tinha muita simpatia
pela festa.
No despacho a juíza escreveu que
a “A convivência em sociedade exige que a gente equilibre vários direitos, como
o das pessoas que querem a festa, o lazer, e as outras que preferem o sossego.
Para haver este equilíbrio, a solução encontrada foi transferir o evento para
outra área onde as condições fiquem dentro da lei e não traga prejuízos ao meio
ambiente”. Deve ser por que os foliões são acostumados a matar o mau humor.
Desta forma morreu o carnaval de
Caçador, hoje limitado a festas promovidas em casas noturnas e clubes. Assim,
sem o bom senso que promove o carnaval no Rio de Janeiro, em São Paulo, em
Joaçaba, morreu uma das maiores manifestações da cultura brasileira. Uma festa
que em Joaçaba atrai milhares de pessoas e muitos dividendos, Inclusive a alegria.
Alegria é carnaval!
Promessa cumprida
Com a conclusão da pavimentação da rua Gilberto Piolla da
Silva, no loteamento Ulisses Guimarães (Mutirão) o prefeito Beto Comazzetto (PMDB)
e o secretário Valdir Cobalchini (PMDB), que disponibilizou os recursos para
obra, cumprem parte de uma promessa da campanha de 2012. Uma singela obra que
os moradores - que hora amassavam barro e hora comiam pó - aguardavam há mais
de 25 anos. A obra mostra que o prefeito tem palavra e que Beto esta
perseguindo uma máxima que tendo Saúde de qualidade e boas ruas e estradas o
restante o administrador público tira de letra.
Sirley na SDR
A nomeação da ex-vereadora Sirley Ceccatto (PSD) para a
direção geral da SDR pode indicar um caminho. Se o PSD esta colocando um dos
seus filiados no segundo cargo mais importante da regional, a promessa do deputado
Valdir Cobalchini (PMDB) feira para o ex-secretário Beto Cruz (PMDB) no final
do ano passado deve ser cumprida. No final de 2013 Cobalchini afirmou para Beto
que assim que ele voltasse para a Alesc, em Abril, ele voltaria para a SDR. Conversei
com Betinho ontem (28) e ele confirmou que a promessa continua valendo, mas que
em política tudo pode acontecer. A conferir.
Mestre
Segundo integrante da executiva estadual do PMDB a ideia da
pré-convenção, para definir se o PMDB segue com Raimundo Colombo (PSD) ou banca
uma candidatura própria, foi do senador Casildo Maldaner (PMDB). Para ele,
Casildo é um mestre nestes assuntos, não participa do debate, mas propõe as
melhores soluções. Um mestre na arte de fazer política.
Proditor
A Operação Proditor – lembram - que indiciou 23 pessoas, inclusive
alguns policiais e um agente penitenciário, mas no final absolveu oito e deixou
um rombo nos cofres públicos, vai custar ainda mais. De acordo com fonte bem
informada o Estado será alvo de ações indenizatórias movidas pelos absolvidos.
Inclusive alguns escritórios de advocacia de Caçador já estão trabalhando nos
processos.
Qualidade do Gasto
Público
A escola do Legislativo em parceria com a Fundação ENA esta oferecendo
curso sobre a Importância da Qualidade do Gasto Público. Curso que traz temas
como: Conceituações; Metodologia de Análise das Despesas; Coleta de Dados e
Sistemas de Gestão; Tipos de Análise; Definição de metas; Elaboração de Planos
de Ação; Metodologia de Acompanhamento das Despesas; Controle do Valor
Realizado versus a meta; Ações corretivas; Boas Práticas; Estudo de Caso. A carga
horária é de 24 horas, nos dias: 11, 12 e 13 de março, das 8h30 às 17h30 e o
valor da inscrição é de R$ 450,00 por servidor inscrito.
Injustiça
O colunista da Folha de São Paulo, Jânio Freitas, ironizou a
comemoração de 20 anos do Plano Real. De acordo com Freitas foi uma homenagem à
“injustiça”, por que o plano só existiu porque Itamar Franco estava determinado
a arriscar tudo contra a inflação. “Antes de Fernando Henrique chegar à
Fazenda, Itamar destituiu dois ministros, Paulo Haddad e Gustavo Krause, por
relutarem em lançar um projeto anti-inflação radical, mais um, Eliseu Resende,
por falta de condições políticas para a tarefa. Mas o Fernando Henrique só
lembrou Itamar Franco para falar do convite que lhe entregou o Ministério da
Fazenda, e a versão é, no mínimo, imprecisa”.
Injustiça 1
“Foi ainda a persistência de Itamar que fez Fernando
Henrique afinal desengavetar o plano, que já estava pronto há quase um
semestre. E disso veio a outra injustiça da comemoração. André Lara Resende só
foi citado no discurso de Fernando Henrique em cambulhada com uma fieira de
nomes, presentes até quem não colaborou - ainda bem - sequer com vírgulas no
projeto. André Lara, uma inteligência criativa, foi o artífice do plano, com a
colaboração também imaginosa de Pérsio Arida”.
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