"Todo o homem se descobre sete anos mais velho na manhã
seguinte ao casamento" (Francis
Bacon)
O veterano da Câmara
Na última vez que conversei com o vereador Wilson Binotto (PDT), antes das eleições, ele revelou que havia percorrido mais de 6 mil quilômetros em busca de votos. Um trabalho de formiguinha, como ele gosta de dizer. E Binotto provou que o trabalho é eficiente e os seus eleitores são fieis. Da “velha guarda” da Câmara de Vereadores, permaneceram ele e o vereador Carlos Evandro Luz (PMDB), o segundo mais votado.
Wilson Binotto foi eleito pela primeira vez em 1982, pelo PDS, com 325 votos e foi o último a entrar na Câmara. Na eleição seguinte, em 1988, Binotto foi o segundo mais votado do PMDB com 683 votos, perdendo apenas para Fernando Driessen (PFL) que fez 694 votos. Desde então Binotto não foi eleito apenas em 1996 e na eleição passada, de 2008, assumiu a vaga de Sergio D`Agostini, que teve o mandato cassado, e teve um papel importante na eleição indireta do prefeito Imar Rocha (PMDB). Binotto que já sinalizou apoio para o prefeito eleito Beto Comazzetto.
Uma festa para
Caçador
Assistindo ao desfile da 29ª. Oktoberfest de Blumenau,
transmitido pela RBS TV na manhã deste sábado (13), se percebe a importância de
ter uma festa tradicional que divulgue o nome da cidade e atraia turistas e até
negócios. Esta realidade, que é a de muitas cidades de Santa Catarina como
Lages com a Festa do Pinhão, Brusque com a Fenarreco e Itajaí com a Marejada,
infelizmente não é a de Caçador.
Por
mais que a comunidade tenha tentado realizar festas e popularizá-las, ainda não
temos a nossa festa ícone. Temos a Festa do Município, que comemora o
aniversário, mas diria uma festa “íntima”, que não divulga o município. Temos a
Festa da Fogueira e do Quentão, que esta na 25ª. edição - um ano a mais que a
Festa do pinhão - mas ainda não alcançou nem o status de festa regional.
Tivemos também a Feinacc, que tinha o objetivo de ser uma feira de negócios e
mostrar os produtos produzidos em Caçador e região, mas não passou da segunda
edição.
Como podemos ver iniciativas não
faltam. O que falta é organização. Mas não no sentido de organizar a festa em
si. Mas de juntar forças em uma única festa que mostre o potencial de Caçador.
Com o potencial cultural e industrial que Caçador tem não seria difícil
construir uma festa de sucesso. Basta explorar a nosso rica história de
colonização por diversas etnias, a Guerra do Contestado e a nossa natural
vocação para produzir e fabricar produtos de madeira.
Talvez o que nos falte, no meu
ponto de vista, é desatrelar a organização de uma festa deste porte da
Administração Pública. Em todos os lugares onde as festas deram certo elas são
administradas por entidades autônomas com o apoio das prefeituras e não ao
contrário. Que os nossos novos governantes, Beto Comazzetto e Luciane Pereira, tenham
a sensibilidade para compreender isso e nos proporcionem uma festa a altura de
nossas tradições e potencial.
Ainda a festa
Ainda falando sobre festa, há que se fazer mais uma
observação. Não existe cidade polo, como Caçador se propõe ser, sem uma festa
ou uma feira que leve o seu nome e suas tradições.
Paraquedistas
O presidente da Assembleia Legislativa e do PSD, deputado
Gelson Merísio, e o secretário de agricultura João Rodrigues, um dos maiores
articuladores do partido, não conseguiram seus objetivos eleitorais, não
plenamente e não na nossa região. Na região da 10ª. SDR ampliada, com cidades
como Fraiburgo e Videira, o partido só conseguiu eleger o prefeito justamente
em Fraiburgo. Nas demais o partido é coadjuvante e estará no poder como
vice-prefeito em Macieira e Santa Cecília. Já o PMDB do deputado e secretário
de infraestrutura Valdir Cobalchini venceu em: Caçador, Curitibanos, Rio das
Antas, Santa Cecília e Videira (sob júdice) como cabeça de chapa. Nas demais
Calmon (PDT/PDT), Lebon Régis (PSDB/PP), Matos Costa (PT/PMDB), Timbó Grande
(PT/PSD). Nos sete municípios da regional, efetivamente, o PSD só conseguir ser
vice em Timbó Grande e Macieira.
Horário de verão
Inicia às 00h do próximo dia 21 de outubro o horário de
verão. Os brasileiros que moram nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste - mais
o estado da Bahia - deverão adiantar os relógios em uma hora. A ideia do
horário de verão é aproveitar a iluminação solar e diminuir o uso de
eletricidade nesse período que, por ser o mais quente do ano, tem maior demanda
por energia. No período de 2011-2012, a medida resultou numa redução da demanda
da ordem de 2.55MW no horário de maior consumo – entre 18h e 21h. A mudança no
relógio também proporcionou uma economia de R$160 milhões aos consumidores, uma
vez que a geração térmica foi evitada pelo Operador Nacional do Sistema (ONS).
Histórica
É inegável que a vitória de Beto Comazzetto (PMDB) com 6.442
votos de diferença sobre a segunda colocada Sirley Ceccatto (PSD) foi
expressiva. Mas proporcionalmente a vitória do prefeito Onélio Menta (PMDB), em
1982, ainda é a maior da história das eleições depois do processo de
redemocratização. Menta venceu o engenheiro Lourenço Faoro do PDS com uma
diferença de 19,17%, enquanto Beto ganhou com uma diferença de 16,96%. Menta conquistou
a prefeitura com uma diferença de 3.250 votos, mas na época votaram apenas
17.485 eleitores. Na época quatro candidatos concorreram à eleição, dois pelo
PDS: Faoro e Ibrahim Socrepa e pelo PMDB Menta e Newton Marçal Santos.
Opinião
A eleição já passou o candidato vencedor esta definido, mas
é sempre bom lembrar algumas opiniões de alguns leitores sobre o pleito. Um dos
leitores, que também é um colaborador da coluna com suas opiniões e conselhos,
fez a seguinte observação na sexta-feira (5) anterior a eleição. “Se o
governador apoia a candidata do seu partido, porque assinar a ordem de serviço
da nova entrada de Caçador, com dois elevados e várias melhorias, mais de R$ 28
milhões em obras, às vésperas da eleição”. Como dizia o meu amigo e companheiro
de trabalho Joair dos Santos Lima. Chiiiii.
Sessão do Contestado
O centenário do início da Guerra do Contestado, conflito que a partir de 1912 perdurou por 46 meses e com sua pacificação resultou nos contornos geográficos atuais de Santa Catarina, será tema da sessão especial programada para amanhã (16), às 19h, no Plenário Deputado Osni Régis. A homenagem estendida a representantes de todos os municípios que sediaram episódios daquele grande embate, envolto em questões políticas, econômicas e sociais partiu do deputado Antonio Aguiar (PMDB) e se estenderá a Academia Catarinense de Letras, representando autores que se dedicaram ao tema, ao Museu Antropológico da Região do Contestado, que tem sede em Caçador, aos senadores catarinenses e ao governador Raimundo Colombo, principais autoridades políticas do Estado.
O centenário do início da Guerra do Contestado, conflito que a partir de 1912 perdurou por 46 meses e com sua pacificação resultou nos contornos geográficos atuais de Santa Catarina, será tema da sessão especial programada para amanhã (16), às 19h, no Plenário Deputado Osni Régis. A homenagem estendida a representantes de todos os municípios que sediaram episódios daquele grande embate, envolto em questões políticas, econômicas e sociais partiu do deputado Antonio Aguiar (PMDB) e se estenderá a Academia Catarinense de Letras, representando autores que se dedicaram ao tema, ao Museu Antropológico da Região do Contestado, que tem sede em Caçador, aos senadores catarinenses e ao governador Raimundo Colombo, principais autoridades políticas do Estado.
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