quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Coluna Osni R. Mello 12 Novembro

"Existe duas coisas igualmente terríveis: uma faca nas mãos de um louco e 
uma grande inteligência na cabeça de um malvado" Voltaire 


As razões do ex-vereador Vilso Soares

Como já deve ser de conhecimento da maioria, bastou o Ministério Público (MP) pedir a quantas andava o processo de cassação do agora ex-vereador Vilso Soares, para ele se apressar em renunciar ao mandato. Para plateia Soares alegou como motivos para a renúncia o que sempre negou como vereador: “Preciso dar um tempo maior, para a cidade de Lages onde fui designado como pastor”.
            Para um observador mais atento os motivos alegados não convencem. Com a pressão do MP, Soares sabia que a Câmara de Vereadores teria que fazer o processo andar e, na votação em plenário, é quase certo que teria o mandato cassado. Se tivesse o mandato cassado, perderia os direitos políticos e isso com certeza Soares não quer, já que tenciona ser vereador em Lages.
             Outra razão para a repentina mudança de humor do ex-vereador está na articulação de sua carreira política, que é apadrinhada pelo deputado Narciso Parizzotto (DEM). Não é novidade para ninguém que Soares vai deixar o PDT para seguir com o partido de seu padrinho e no ano que vem iniciam os prazos para quem deseja ser candidato em 2016. Ou seja, quem tem residência fixa em Caçador não poderia ser candidato a vereador em Lages.    


Inércia e apatia na infraestrutura

O prefeito Beto Comazzetto (PMDB) e sua administração foram muito criticados na sessão desta terça-feira (11) da Câmara de Vereadores. Um dos críticos foi o vereador aliado Carlos Evandro Luz (PMDB), que classificou de “inércia e apatia” o que está acontecendo na secretaria de infraestrutura. O assunto também foi comentado pelos vereadores Ricardo Pelegrinello (PT), Moacir D’Agostini (DEM), Flavio Henrique (PT) e Glacy Pereira (PMDB).
Glacy, também aliada do prefeito, pediu para retirar máquina retroescavadeira que há mais de 20 dias está parada na comunidade do Assentamento Hermínio Gonçalves, sem uso, enquanto outras localidades necessitam de serviços. A vereadora afirmou que a máquina não é adequada para o serviço (preparação do aterro de um campo de futebol) e quando tentou falar com a secretária de infraestrutura Denise Chiarello o telefone foi desligado. “O meu requerimento é para que retirem a máquina do local, pois na próxima semana estarei levando outras máquinas para realizar o serviço sem custo para a secretaria de infraestrutura”, afirmou.
A crítica para os trabalhos da infraestrutura e principalmente com relação a falta de “educação” da secretária foi corroborada pelos vereadores Ricardo Pelegrinello (PT), salientando que antes a desculpa era a falta de legislação. Moacir D’Agostini disse que as reclamações são reincidentes e o assunto já foi tratado na casa. Carlão afirmou que a comunidade não tem a obrigação de ficar cuidando da máquina e que no passado uma máquina do mesmo tipo foi furtada porque estava abandonada.
            Flavinho criticou a demora na realização dos serviços, a não finalização dos serviços, falta de humanização no tratamento com as pessoas. “Se continuar neste ritmo daqui a pouco o legislativo vai estar realizando os serviços, alugando máquinas e comprando massa asfáltica, porque o executivo não está desempenhando o seu papel”. O vereador Valmor de Paula disse que a secretaria de infraestrutura caminha a passos largos para o mesmo caminho da secretaria de saúde.


Banco da Família

O diretor regional do Banco da Família, Odivar Marcos Bonetti, que utilizou a Palavra Livre da sessão da Câmara de Vereadores desta terça-feira (11) para falar dos serviços da instituição. Falou de vários dados, mas o mais importante deles é que o Banco iniciou, em 1998, com a doação de 30 empresários no valor de R$ 120 mil, em Lages, e hoje possui mais de R$ 19 milhões em patrimônio próprio. Como podemos ver emprestar para os pobres é um negócio muito lucrativo, já que o banco trabalha com uma clientela de pessoas sem vínculo empregatício das classes C, D e E. O Banco da Família tem hoje 16 agências na região Meio Oeste e Planalto.    


UTI

O vereador Valmor de Paula (PT) revelou que já estão atuando as novas equipes médicas do Pronto Socorro e UTI do Hospital Maicé. O vereador afirmou que a saúde tem melhorado e vai continuar melhorando com o trabalho destes novos profissionais e as melhorias que estão sendo feitas na parte física do hospital.    


Cidadão Honorário

Os vereadores Neri Vezaro, Glacy Pereira, Carlos Evandro Luz, todos do PMDB apresentaram projeto de decreto legislativo para concessão de Título de Cidadão Honorário para o empresário Valdir Pedro Binotto.


ARTs para agricultura

O vereador Ricardo Pelegrinello (PT) levantou a questão da cobrança de Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) dos agricultores. O vereador afirmou que os agricultores que tiverem mais que meio hectare de lavoura, mesmo comprando os produtos químicos de uma empresa que possui responsável técnico, precisam recolher o valor referente a ART pagando uma guia no banco. “Mas contrariando a própria norma do CREA não existe um responsável técnico pela lavoura. É apenas arrecadação do valor da taxa e nada mais. O CREA tem um auditor que faz a cobrança, mas não existe prestação de serviço, mesmo para os agricultores que fazem lavoura para a subsistência”, afirmou o vereador, observando que a ART devia ser cobrada dos técnicos, que também deviam estar prestando este serviço.  


Projeto Pescar da Frame

O vereador Neri Vezaro (PMDB) está convidando a comunidade para prestigiar a solenidade de formatura Projeto Pescar, turma de 2014, que será realizada no dia 2 de novembro, as 19h45, na Câmara de Vereadores. O vereador também ressaltou a importância do projeto que é tocado há 12 anos pela empresa Frameport, tendo o professor Vitor Czerniak como instrutor.


Convênio

A Prefeitura de Caçador apresentou um Projeto de Lei para realizar convenio com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O convênio será para oferecer estágio para estudantes da referida universidade em Caçador.   


Apartamento funcional

Mais de três meses depois de sua aposentadoria, o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa ainda não devolveu o apartamento funcional colocado à sua disposição, em Brasília, quando exercia o cargo de ministro na corte.O prazo para a devolução do imóvel, conforme aponta reportagem da Folha de S. Paulo de terça-feira (11), é de 30 dias após a aposentadoria, segundo decreto presidencial de 1993. A aposentadoria de Barbosa foi oficializada no dia 31 de julho. Ainda conforme apuração do jornal, o decreto não trata especificamente de apartamentos funcionais de ministros do Supremo, mas de ministros do estado e servidores públicos. Mas resolução do STF de 2004 assegura o apoio aos ministros aposentados da corte por 90 dias. O prazo, no entanto, também foi estourado por Barbosa, que se aposentou há 103 dias e deveria ter devolvido o apartamento no dia 29 de outubro.



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