terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Coluna Osni R. Mello 7 Dezembro


Extra Entrevista/Luciane Pereira



“Sempre respeitei qualquer organização que tenha como meta a valorização da dignidade humana”



Foi publicado em um veículo de comunicação e repercutiu nas redes sociais há alguns dias que a vice-prefeita Luciane Pereira (PT) seria contra a APAE de Caçador. Para esclarecer os fatos a coluna entrevistou Luciane, que falou sobre a reunião de onde pode ter saído o que ela considera um boato, visto que na referida não estava presente nenhum profissional da imprensa.

            Luciane disse que esta muito magoada e triste com o fato e sua repercussão. Pela sua família e pela instituição APAE, onde a sua mãe foi diretora, onde ela trabalhou por 20 anos e criou seus filhos convivendo com os alunos. Luciane afirmou também que é muito triste ver uma entidade de muito respeito e admirada por todos, sendo usada com outros fins. Acompanhe o que ela disse na integra: 




Jornal EXTRA – Você é contra o funcionamento das APAEs?


Luciane Pereira - De forma alguma. É uma instituição que realiza um trabalho que merece respeito. As pessoas que desempenham algum trabalho na APAE o fazem porque acreditam no ser humano. É pura doação, amor e dedicação. Sempre respeitei qualquer organização que tenha como meta a valorização da dignidade humana.




JE - De onde surgiu esta estória que você a contra a APAE?


LP - Não consigo entender a facilidade que algumas pessoas têm de distorcer o que falamos e usá-las sem escrúpulo algum. Quero registrar que não é a primeira vez. Pessoas maldosas usam mentiras e não se importam com as consequências que isso pode trazer. Foi uma agressão a minha família, que sempre auxiliamos a APAE de diversas formas.




JE - Você fez algumas das afirmações atribuídas a você sobre o assunto?


LP - Não da forma tendenciosa como afirmam. Usei uma reflexão no sentido de que, nós sociedade temos dificuldades em expandir a inclusão, e que uma sociedade ideal é aquela que não tem preconceitos e portanto não segrega. Penso que deve haver um convívio saudável em todos os setores. Ao mesmo tempo, fiz o paralelo de nós educadores, através da nossa prática ou mesmo discurso, sem perceber somos produtos desta sociedade. Em momento algum afirmei que sou contra as APAEs, sou defensora, pois a APAE faz esse elo de inclusão de forma brilhante.




JE - Qual a sua visão sobre as APAEs e sobre a inclusão dos portadores de necessidades especiais nas escolas regulares? 


LP - Aqui temos que analisar o seguinte, falamos em inclusão no ensino regular ou formal. A lei assegura que alunos com idade de 7 a 17 têm direito a frequentar escolas de ensino regular. É direito dessas crianças a matrícula na escola, o sistema educacional tem que proporcionar essa inclusão. Não falo somente em matrícula, mas também no profissional capacitado, escola com acessibilidade, currículo de acordo com a proposta, enfim, uma verdadeira inclusão. Porém, sabemos das dificuldades históricas na estrutura da educação do Brasil, mas isso está melhorando, com muito trabalho, dedicação e confiança da família conseguiremos o êxito.




JE - Qual a sua ligação com a APAE de Caçador? 


LP - Na minha adolescência, nós repartíamos o tempo livre que tínhamos da escola e dos afazeres com atividades para angariar fundos para melhorar a estrutura física da APAE, pois minha mãe nessa época era diretora da APAE. Na minha casa convivíamos com essa preocupação. Quando estava fazendo o curso de Magistério já desejava trabalhar na APAE. Iniciei meu trabalho na APAE em fevereiro de 1984.

Veja, passei aproximadamente 20 anos trabalhando lá dentro. Um trabalho de doação. Digo isso porque quem trabalha na APAE passa a respirar e planejar uma vida lá dentro. Temos a capacidade de englobar a família, os amigos e quem estiver a nossa volta, é muito envolvente. Devemos lembrar a sociedade a todo momento que a responsabilidade é de todos e que o direito a cidadania também. Hoje me sinto traída, magoada. Pessoas que nunca estiveram lá no dia a dia, ou ao menos acompanhando o trabalho das professoras, se acharam no direito de destruir toda uma história!

Um motivo? Não sei, tento entender, talvez seja pelo fato do repúdio imediato que isso causa para minha pessoa. Eu fui acusada, julgada e sentenciada sem ter direito de defesa. Para ser sincera, este foi o único espaço de comunicação que me procurou. Então, ainda tenho esperança que isso tudo se esclareça.




JE - Que medidas vai tomar sobre o assunto em questão?


LP - Eu fui educada dentro do princípio do respeito, da verdade e da justiça, eu repassei isso para meus filhos e meu trabalho é pautado neste tripé. Desta forma acredito que, após essa humilhação, o judiciário seja o caminho mais justo para minha defesa.    




Convergências


Durante a solenidade de posse de Marcelo Ribeiro na presidência do PT o ex-prefeito Imar Rocha afirmou que o PMDB e o PT tem muitos objetivos e ideias convergentes. “Se não o PMDB, o meu MDB tenho certeza”.




Ausência

Parece que as relações entre o prefeito Beto Comazzetto (PMDB) e o PT estão mesmos estremecidas. O prefeito não participou e nem mandou representante para posse de Marcelo.




Falando mal


O vereador Valmor de Paula discursou na posse de Marcelo. Disse entre outras coisas, que os petistas devem se unir e não ficar falando mal dos companheiros nos bastidores. Eu aprovo a medida, inclusive em relação à não companheiros.




Oportunidade


A vice-prefeita Luciane Pereira (PT) afirmou sua certeza num partido mais coeso e agradeceu ao ex-prefeito Imar Rocha pela oportunidade do PT colocar em prática as suas ideias e seu jeito de governar.




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