sábado, 6 de outubro de 2012

Coluna Folha da Cidade 6 outubro


“Todos estes que aí estão. Atravancando o meu caminho, Eles passarão. Eu passarinho!” (Mario Quintana)


A desconstrução da política

Este artigo do Frei Betto é muito apropriado para esta época, véspera de eleições municipais, onde os ânimos estão acirrados e os candidatos, e seus assessores, perdem a noção do objetivo real da política.
A atual campanha eleitoral às prefeituras tem muito de temperamental. No início, candidatos majoritários prometiam evitar baixarias e se pautar pelos compromissos elencados nos programas partidários. Seria uma campanha de “alto nível” disseram alguns.



Assim, nos primeiros debates cada candidato se esforçava para convencer o eleitor de que, caso mereça ser eleito, a nova administração municipal será melhor que a anterior. Haverá avanços no atendimento à saúde, na qualidade da escola pública, no transporte coletivo, na coleta de lixo etc. Gerenciar bem a cidade é o que importa.
Então surgiram as pesquisas – o fantasma estatístico que, como espada de Dâmocles, paira sobre a cabeça de cada concorrente ao pleito. A pesquisa indica a chance de vitória de cada aspirante a futuro prefeito. Outra aponta ao candidato como o público reage a seus programas no rádio e na TV. Ora, o público televisivo-internáutico do Brasil não merece aplausos em matéria de preferência. Gosta de Big Brother ou novelas. Nada que faça pensar e ter opções próprias. E programa de governo faz pensar e exige um mínimo de discernimento crítico.
O que dá ibope é a relação conflituosa entre Carminha e Nina, e não entre a máfia da especulação imobiliária e os sem-teto e os que vivem de aluguel. Assim, candidatos com índices insuficientes de preferência eleitoral, e também aqueles que, à frente no páreo, se sentem ameaçados pelos concorrentes tendem, na reta final da campanha, a esquecer as promessas administrativas e partir para a agressão verbal. Qual mágicos de um circo de terror, tiram da cartola todas as acusações, mazelas e maracutaias que possam afetar os adversários.
O mais curioso é que, na falta de reforma política (sempre prometida e adiada), os eleitores assistem à uma esdrúxula panaceia. Aliados de ontem são inimigos de hoje nas eleições municipais. Ontem, beijos; hoje, tapas. Ocorre que, com raras exceções, acusadores e acusados na esfera municipal são, ainda hoje, aliados na esfera federal. O que revela uma política cada vez mais despolitizada, desideologizada, atrelada à mera fome de poder. Como não há almoço de graça nem barraco sem roupa suja a ser lavada, os efeitos dessa nefasta maneira de fazer política serão sentidos nas próximas eleições para governadores e presidente da República, em 2014.
Toda a questão de fundo dessa conjuntura reside na cultura (a) política que respiramos nesse clima de neoliberalismo. Nenhum candidato questiona o sistema em que vivemos. Já não se fala em aproveitar o período eleitoral para “conscientizar e organizar a classe trabalhadora”. Tudo se resume, como nas eleições presidenciais nos EUA, a criar impactos emotivos para tirar o eleitor do marasmo e do desencanto. E os recursos mais utilizados são o “retrato de família” (vejam como sou feliz com minha esposa e filhos) e o medo: do desemprego, da crise financeira, do terrorismo, da perda de direitos civis.
Estamos todos sendo progressivamente domesticados pela mídia controlada pelo grande capital, de modo a trocar liberdade por segurança, opinião própria por consenso, espírito crítico por venerável anuência à palavra do líder. Corremos o risco de ter, no futuro, uma sociedade de invertebrados políticos.


Saco de ossos

Nestes 12 anos de jornalismo já convivi com muitos tipos de políticos. Competentes e incompetentes, sábios e confiáveis, egoístas e bons amigos, interessados e interesseiros. De todos colhi boas e más lições, aprendi a ver o ser humano por trás do poder investido pelo povo. Seus sonhos, suas limitações.
Aprendi a separar os interesseiros dos interessados. Aprendi que nenhum é deus e muito menos diabo. Aprendi a ver o que de bom cada um deles poderiam dar para a comunidade. Alguns deram grandes contribuições, mas esqueceram dos detalhes. Outros deram pequenas contribuições, mas permanecem na memória das pessoas.
Alguns apareceram como faísca, se tornaram fogo e quando vimos estavam incendiando o mundo com seu otimismo e boa vivência. Outros aparecem como meteoros, chamaram atenção, mas na reentrada da vida se desintegraram. Houve também aqueles que acham que uma virtude, pode suplantar todos os defeitos e há outros que oferecem apenas um saco de ossos.    


Caçador do jeito que o povo merece

Para o último dia de campanha dos candidatos da coligação Caçador do jeito que o povo merece, Beto e Luciane, estão programadas duas caminhadas. Pela manhã nas ruas centrais de Caçador a partir das 9h. A tarde outra caminhada será realizada pelas ruas do Bairro Martello.


A vez do Trabalhador

Os candidatos da coligação A vez do Trabalhador, Darci e Albiero, vão aproveitar o último dia da campanha para fazer visitas às famílias do interior do município, no período da manhã. A tarde inicia intensa com uma grande carreata que passará pelos bairros da cidade e terminará na parte central. “Esta carreata mostrará para a população que chegamos ao final da campanha com força e confiantes na vitória que se aproxima”, destacou o candidato. Além disso, as demais atividades permitidas, para o último dia, continuam intensas por toda Caçador. 


Unidos por nossa gente

O último dia de campanha de Sirley e Fically da Coligação “Unidos Por Nossa Gente”, será marcado por uma grande mobilização programada para hoje (6).  Além da presença de Sirley e Fically, lideranças locais, candidatos a vereadores, o evento deve reunir centenas de pessoas para a caminhada da vitória, a partir das 8h, com saída da Praça da Carroça e deslocamento pelas principais vias da cidade.


Devolução de mandato

Membro da direção do Partido dos Trabalhadores (PT) me informa que o mandato do vereador Marcos Creminácio será analisado em reunião na segunda-feira (8). A direção do partido ainda não sabe se vai entrar com o processo para pedir a devolução do mandato, por entender que é um processo demorado e faltam apenas dois meses e pouco para encerrar a legislatura. O partido estuda pedir a devolução do mandato por que Creminácio não é mais integrante do partido e já anunciou a sua filiação ao PSD. Para os críticos o meio mais fácil de acabar com a questão é o vereador, que sempre se pautou pela ética, renunciar ao mandato. 


Desfiliações

O ex-presidente do PSB, empresário Eduardo Comazzetto, e o ex-vice-presidente Araí Fávero entregaram ontem (5) no Cartório Eleitoral as fichas de desfiliação das pessoas que eram filiadas ao partido. Cerca de 80 fichas foram entregues ontem e mais algumas serão entregues nos próximos dias, assim que estiverem com a documentação completa.  


Bolo de fubá

Dois copos grandes de fubá, um copo grande de farinha, dois copos grandes de açúcar, um copo e meio grande de leite, meio copo grande de óleo, dois ovos, uma colher de fermento em pó, meia colher de erva doce. Modo de preparo: Bata todos os ingredientes no liquidificador e leve pra assar em forma untada com óleo e farinha por uns 25 minutos ou até enfiar o palito e sair seco.


Apoios

Sei que vão me acusar de um monte de coisas, mas não posso deixar de fazer a seguinte observação. Nesta eleição todos os candidatos receberam apoios de políticos importantes: senadores, deputados, ministros e outros. Pois bem na semana passada esteve em Caçador o deputado Paulinho Bornhausen (PSD), que dispensa apresentações. Pois bem o deputado demonstrou seu apoio visitando algumas empresas. Esta semana esteve em Caçador outro político, o senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB). Como ele demonstrou o seu apoio. Caminhando pelas principais ruas da cidade, conversando com o povo, com os eleitores.  

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