segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Coluna Folha da Cidade 15 outubro


"Todo o homem se descobre sete anos mais velho na manhã seguinte ao casamento" (Francis Bacon) 


O veterano da Câmara

Na última vez que conversei com o vereador Wilson Binotto (PDT), antes das eleições, ele revelou que havia percorrido mais de 6 mil quilômetros em busca de votos. Um trabalho de formiguinha, como ele gosta de dizer. E Binotto provou que o trabalho é eficiente e os seus eleitores são fieis. Da “velha guarda” da Câmara de Vereadores, permaneceram ele e o vereador Carlos Evandro Luz (PMDB), o segundo mais votado. 

                Wilson Binotto foi eleito pela primeira vez em 1982, pelo PDS, com 325 votos e foi o último a entrar na Câmara. Na eleição seguinte, em 1988, Binotto foi o segundo mais votado do PMDB com 683 votos, perdendo apenas para Fernando Driessen (PFL) que fez 694 votos. Desde então Binotto não foi eleito apenas em 1996 e na eleição passada, de 2008, assumiu a vaga de Sergio D`Agostini, que teve o mandato cassado, e teve um papel importante na eleição indireta do prefeito Imar Rocha (PMDB). Binotto que já sinalizou apoio para o prefeito eleito Beto Comazzetto. 



Uma festa para Caçador

Assistindo ao desfile da 29ª. Oktoberfest de Blumenau, transmitido pela RBS TV na manhã deste sábado (13), se percebe a importância de ter uma festa tradicional que divulgue o nome da cidade e atraia turistas e até negócios. Esta realidade, que é a de muitas cidades de Santa Catarina como Lages com a Festa do Pinhão, Brusque com a Fenarreco e Itajaí com a Marejada, infelizmente não é a de Caçador.
                Por mais que a comunidade tenha tentado realizar festas e popularizá-las, ainda não temos a nossa festa ícone. Temos a Festa do Município, que comemora o aniversário, mas diria uma festa “íntima”, que não divulga o município. Temos a Festa da Fogueira e do Quentão, que esta na 25ª. edição - um ano a mais que a Festa do pinhão - mas ainda não alcançou nem o status de festa regional. Tivemos também a Feinacc, que tinha o objetivo de ser uma feira de negócios e mostrar os produtos produzidos em Caçador e região, mas não passou da segunda edição.
Como podemos ver iniciativas não faltam. O que falta é organização. Mas não no sentido de organizar a festa em si. Mas de juntar forças em uma única festa que mostre o potencial de Caçador. Com o potencial cultural e industrial que Caçador tem não seria difícil construir uma festa de sucesso. Basta explorar a nosso rica história de colonização por diversas etnias, a Guerra do Contestado e a nossa natural vocação para produzir e fabricar produtos de madeira.
Talvez o que nos falte, no meu ponto de vista, é desatrelar a organização de uma festa deste porte da Administração Pública. Em todos os lugares onde as festas deram certo elas são administradas por entidades autônomas com o apoio das prefeituras e não ao contrário. Que os nossos novos governantes, Beto Comazzetto e Luciane Pereira, tenham a sensibilidade para compreender isso e nos proporcionem uma festa a altura de nossas tradições e potencial.


Ainda a festa

Ainda falando sobre festa, há que se fazer mais uma observação. Não existe cidade polo, como Caçador se propõe ser, sem uma festa ou uma feira que leve o seu nome e suas tradições. 


Paraquedistas

O presidente da Assembleia Legislativa e do PSD, deputado Gelson Merísio, e o secretário de agricultura João Rodrigues, um dos maiores articuladores do partido, não conseguiram seus objetivos eleitorais, não plenamente e não na nossa região. Na região da 10ª. SDR ampliada, com cidades como Fraiburgo e Videira, o partido só conseguiu eleger o prefeito justamente em Fraiburgo. Nas demais o partido é coadjuvante e estará no poder como vice-prefeito em Macieira e Santa Cecília. Já o PMDB do deputado e secretário de infraestrutura Valdir Cobalchini venceu em: Caçador, Curitibanos, Rio das Antas, Santa Cecília e Videira (sob júdice) como cabeça de chapa. Nas demais Calmon (PDT/PDT), Lebon Régis (PSDB/PP), Matos Costa (PT/PMDB), Timbó Grande (PT/PSD). Nos sete municípios da regional, efetivamente, o PSD só conseguir ser vice em Timbó Grande e Macieira. 


Horário de verão

Inicia às 00h do próximo dia 21 de outubro o horário de verão. Os brasileiros que moram nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste - mais o estado da Bahia - deverão adiantar os relógios em uma hora. A ideia do horário de verão é aproveitar a iluminação solar e diminuir o uso de eletricidade nesse período que, por ser o mais quente do ano, tem maior demanda por energia. No período de 2011-2012, a medida resultou numa redução da demanda da ordem de 2.55MW no horário de maior consumo – entre 18h e 21h. A mudança no relógio também proporcionou uma economia de R$160 milhões aos consumidores, uma vez que a geração térmica foi evitada pelo Operador Nacional do Sistema (ONS).


Histórica

É inegável que a vitória de Beto Comazzetto (PMDB) com 6.442 votos de diferença sobre a segunda colocada Sirley Ceccatto (PSD) foi expressiva. Mas proporcionalmente a vitória do prefeito Onélio Menta (PMDB), em 1982, ainda é a maior da história das eleições depois do processo de redemocratização. Menta venceu o engenheiro Lourenço Faoro do PDS com uma diferença de 19,17%, enquanto Beto ganhou com uma diferença de 16,96%. Menta conquistou a prefeitura com uma diferença de 3.250 votos, mas na época votaram apenas 17.485 eleitores. Na época quatro candidatos concorreram à eleição, dois pelo PDS: Faoro e Ibrahim Socrepa e pelo PMDB Menta e Newton Marçal Santos.


Opinião

A eleição já passou o candidato vencedor esta definido, mas é sempre bom lembrar algumas opiniões de alguns leitores sobre o pleito. Um dos leitores, que também é um colaborador da coluna com suas opiniões e conselhos, fez a seguinte observação na sexta-feira (5) anterior a eleição. “Se o governador apoia a candidata do seu partido, porque assinar a ordem de serviço da nova entrada de Caçador, com dois elevados e várias melhorias, mais de R$ 28 milhões em obras, às vésperas da eleição”. Como dizia o meu amigo e companheiro de trabalho Joair dos Santos Lima. Chiiiii. 


Sessão do Contestado

O centenário do início da Guerra do Contestado, conflito que a partir de 1912 perdurou por 46 meses e com sua pacificação resultou nos contornos geográficos atuais de Santa Catarina, será tema da sessão especial programada para amanhã (16), às 19h, no Plenário Deputado Osni Régis. A homenagem estendida a representantes de todos os municípios que sediaram episódios daquele grande embate, envolto em questões políticas, econômicas e sociais partiu do deputado Antonio Aguiar (PMDB) e se estenderá a Academia Catarinense de Letras, representando autores que se dedicaram ao tema, ao Museu Antropológico da Região do Contestado, que tem sede em Caçador, aos senadores catarinenses e ao governador Raimundo Colombo, principais autoridades políticas do Estado.

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