segunda-feira, 9 de julho de 2012

Marcos Creminácio desiste de candidatura a vereador



Vereador no segundo mandato e ex-presidente da Câmara, Marcos Creminácio (PT), não será postulante a uma das 13 vagas ao Legislativo nas eleições municipais deste ano. Ele fez uso da palavra na sessão desta segunda-feira para anunciar a sua decisão e justificar à comunidade os motivos que o levaram a esta desistência.

Tecendo críticas à postura da atual vice-prefeita e ex-secretária municipal de Educação, Luciane Pereira, durante pouco mais de um ano de mandato, Creminácio apontou algumas das atitudes que teriam sido tomadas pela companheira de sigla como fator decisivo para que não concorresse neste pleito.
Dois dos principais motivos elencados foram a falta de consideração com os profissionais da educação, por parte da ex-secretária, ao não enviar plano de carreira dos professores para análise e aprovação da Câmara e a exoneração do seu ex-assessor parlamentar Moacir Oliveira na semana passada a pedido de Luciane.

Professor na rede estadual de educação já há alguns anos, Marcos lembrou que por muitas vezes cobrou o ex-prefeito Saulo Sperotto e até mesmo do prefeito Imar Rocha o envio do plano,  explicando que a secretária, mesmo sendo do seu partido,  não quis encaminhar o projeto que, ao assumir a secretaria, já estava praticamente elaborado.
“Este é um dos motivos que eu não sou candidato, porque não tenho como olhar para os meus companheiros professores, alguns já se aposentando, e não ter uma resposta concreta para dar”, explicou o vereador, salientando ainda que prova de que não concorda com esta atitude é “sacrificando” o mandato que para muitos estaria bem encaminhado para nova vitória nas urnas.

 “Faço isso para manter o meu brio e poder olhar nos olhos dos professores e falar que, se eu tinha que ser castigado de alguma forma, o meu castigo é esse, ficar sem o meu mandato por quatro anos”, afirmou.
Em relação ao seu ex-assessor, amigo de longa data e que ocupava um cargo no Executivo, Marcos lembrou que Moacir foi um dos fundadores do PT e está filiado há mais de 30 anos, tendo ocupado vários cargos na direção da sigla e atualmente sendo tesoureiro. Inclusive, Moacir teria votado a favor de Luciane nas prévias deste ano, mas, apesar disso, foi exonerado a pedido da vice-prefeita.
“Imagine o que ela vai fazer com os demais companheiros de sigla em quatro anos se ganhar a eleição, não vai sobrar um; imagine o que ela não vai fazer se ficar mais 4 anos na educação, se não mandou o plano que estava quase pronto, se não debateu com o prefeito o cumprimento do piso. Eu não tenho como ir à rua pedir voto pra esta mulher: ela está no PT, mas não é do PT. Não é trabalhadora, socialista. Quem cassa companheiros não merece o nosso respeito”, finalizou. (Ascom/Câmara de Vereadores Caçador)

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